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Prevenção em Pauta - 30/04/2025

  • gazetadevarginhasi
  • 30 de abr.
  • 5 min de leitura
A Norma Regulamentadora 15 (NR-15) estabelece a obrigatoriedade de treinamentos para os trabalhadores expostos aos seguintes agentes nocivos: pressão elevada (mergulhadores), poeiras minerais, manganês e seus compostos e benzeno, porém no geral ela não estabelece nenhum curso para outras modalidades, mas isso não é nenhum impedimento, criar um curso bem elaborado é uma prática de um bom profissional da segurança.
Para um perito ou para aqueles que trabalham com consultorias, ou ainda por ventura, para aqueles que necessitem efetuar algum tipo de avaliação devem ter conhecimentos específicos e domínio no que tangem aos assuntos abordados a esta norma, para tanto se faz necessário o treinamento com o intuito de uma capacitação mais aprofundada. A NR 15 trata sobre o adicional de insalubridade e é um dos assuntos mais polêmicos discutidos, principalmente quando o profissional não detém conhecimentos devidamente apropriados para discuti-los. A Norma Regulamentadora 15 (NR-15) possui 13 anexos, que detalham os limites de tolerância para diferentes agentes insalubres e atividades consideradas insalubres. O anexo 4 foi revogado. E para cada anexo pode ser montado um curso em específico e detalho para dar ênfase no assunto, especializando o profissional naquela área para executar com maestria sua avaliação. Também pode ser montado treinamentos especializados no uso de aparelhos de avalição e medição relacionados as avaliações dos adicionais de insalubridades. E falando de insalubridade, pode-se ministrar um curso sobre grau de insalubridade e suas aplicações, uma forma de entender como é aplicada na prática na modalidade da lei.
Os cursos podem ser direcionados para públicos diversos como Técnicos e Engenheiros de Segurança do Trabalho, Peritos, Consultores, Empregadores, Seguradoras, Leigos, etc. E cada modalidade pode atingir um grau de complexidade conforme o contexto vivenciado.
O interessante desta NR é que ela dá duas vertentes de treinamentos, uma entra no universo das avaliações através dos aparelhos diversos e a outra entra no universo dos anexos, mais específicos nos limites de tolerâncias e dá assuntos dinâmicos.
Aqui estão alguns pontos levantados pela R-SARTO Treinamentos sobre como a NR 15 pode ser aplicada em treinamentos de segurança no universo das avaliações através dos aparelhos:
Ruído contínuo ou intermitente.
No curso deve-se apresentar o aparelho de forma prática. Para medir ruído contínuo ou intermitente, pode-se utilizar um decibelímetro ou um dosímetro de ruído. O decibelímetro é usado para medições pontuais em um determinado local, enquanto o dosímetro mede a exposição ao ruído ao longo de um período, como uma jornada de trabalho.

Ruído de impacto.
Apresentar aos participantes o aparelho de forma prática com se utiliza a medição. Para medir ruído de impacto, utiliza-se um decibelímetro ou medidor de nível de pressão sonora que, além de medir o nível de pressão sonora, também deve ter capacidade para capturar picos e valores instantâneos do ruído. Estes equipamentos geralmente possuem um circuito de ponderação “A” ou “C” e, para ruídos de impacto, é recomendado o uso do circuito linear.

Calor.
Este aparelho deve se apresentado e utilizado pelos alunos em aula prática no modo real. Para medir e avaliar a insalubridade por calor em ambientes de trabalho, utiliza-se o Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo (IBUTG). Este índice leva em conta a temperatura do ar, a umidade relativa, a velocidade do ar e a radiação térmica, fornecendo uma medida da carga térmica a que o trabalhador está exposto.

Radiações ionizantes.
Este aparelho deve ser demostrado aos participantes como deve ser utilizado. A radiação ionizante é identificada por diversos tipos de aparelho, dentre os quais o mais popular é conhecido como contador Geiger-Muller.

Trabalho sob condições hiperbáricas.
Não existe um aparelho específico chamado "aparelho para medir trabalho sob condições hiperbáricas". No entanto, existem diversos equipamentos utilizados para monitorar e controlar o ambiente de trabalho em atividades hiperbáricas, que incluem a avaliação da pressão, da concentração de gases, da temperatura e da umidade, e também equipamentos de comunicação e segurança.
Equipamentos utilizados em atividades hiperbáricas:
Câmaras Hiperbáricas:
São estruturas fechadas que permitem criar um ambiente com pressão maior que a pressão atmosférica, como as utilizadas em mergulho ou em algumas operações de construção.
Manômetros:
Medem a pressão dentro da câmara hiperbárica, garantindo que ela seja controlada dentro dos limites seguros para os trabalhadores.
Treinamento dos Trabalhadores:
Os trabalhadores devem receber treinamento adequado sobre os riscos da atividade hiperbárica e a utilização dos equipamentos de segurança.
Radiações não-ionizantes.
Tais equipamentos devem ser demonstrados aos participantes para que possam desenvolver maestria ao seu uso no dia -dia. Para medir radiações não-ionizantes, utiliza-se equipamentos como medidores EMF (ElectroMagnetic Field), dosímetros de radiação eletromagnética e outros instrumentos que detectam a intensidade de campos elétricos e magnéticos

Vibrações.
Este aparelho deve ser apresentado aos alunos de forma que eles possam utilizá-lo de forma eficaz. Um aparelho para medir vibração ocupacional, utiliza um sensor (acelerômetro) que capta as vibrações e as transforma em sinais elétricos. Estes sinais são então processados por um sistema de medição, que calcula a magnitude e frequência das vibrações, permitindo avaliar a exposição do trabalhador.

Frio.
Este aparelho deve ser utilizado de forma prática para que os participantes possam assimilar seu uso em campo. Para medir o frio ocupacional, você pode usar um termômetro de bulbo seco, um anemômetro e, em alguns casos, um termômetro de globo. O termômetro de bulbo seco mede a temperatura do ar, enquanto o anemômetro mede a velocidade do vento. O termômetro de globo mede a temperatura da superfície de um objeto que está em equilíbrio térmico com o ambiente, o que é útil em ambientes com radiação térmica.

Umidade.
Estes aparelhos são práticos e devem ser utilizados em salas de aulas mesmo. Os medidores de umidade e temperatura, também conhecidos como termo-higrômetros, são instrumentos essenciais para a medição e monitoramento precisos da umidade relativa do ar e da temperatura em ambientes internos e externos.

Pó de minério.
A técnica analítica a ser utilizada na análise da poeira é a análise gravimétrica de aerodispersoides sólidos coletados sobre filtros de membrana.

Pó de ferro, alumínio e similares.
Para avaliar pó de ferro, alumínio e materiais semelhantes, pode-se utilizar testes de magnetismo, análise de composição química e análises de tamanho de partículas.
Espectrometria de absorção atômica ou ICP-OES podem ser usadas para determinar a composição química de amostras de pó.

Atividades com agentes biológicos.
Para medir atividades com agentes biológicos ocupacionais, é fundamental realizar uma avaliação qualitativa, analisando os processos de trabalho, os materiais manipulados e a possível exposição a esses agentes. A avaliação deve considerar diversos fatores, como a patogenicidade e virulência dos agentes, as formas de transmissão, os locais de trabalho e as atividades realizadas.

Agentes biológicos.
Para medir agentes biológicos ocupacionais, é crucial realizar uma avaliação de risco que considere a natureza do agente, o modo de transmissão, a concentração e o volume, a origem do material potencialmente patogênico, e a disponibilidade de medidas profiláticas e tratamentos. A avaliação pode envolver análises de materiais utilizados, levantamento de dados sobre atividades laborais, e revisão de fichas de segurança de produtos químicos.

Observação: todos os aparelhos que forem utilizados em perícias ou para coletas de dados para elaboração do PGR deverão passar por calibração em laboratório credenciados pelo INMETRO que emitirão um certificado de calibração do aparelho.
Está precisando de capacitação? Consulte a R-SARTO Treinamentos e solicite um orçamento! (35) 99972-2265
Por Rogério Sarto
Rogério Sarto - Engenheiro de Segurança do Trabalho -Pós graduado em Pavimentação e Restauração Rodoviária- Especialista em Máquinas Pesadas e Equipamentos - Proprietário R- Sarto Treinamentos e Engenharia

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