Prevenção em Pauta - 04/06/2025
- gazetadevarginhasi
- 4 de jun.
- 3 min de leitura

Varginha e os acidentes com motos: como a lei
e a educação podem mudar esse cenário
As motocicletas conquistaram definitivamente seu espaço nas cidades brasileiras. Seja pela agilidade no trânsito ou pelo custo mais acessível, o número de motociclistas cresce a cada ano — e, com ele, a responsabilidade de pilotar com consciência e respeito às leis.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece normas claras para garantir a segurança de todos: motociclistas, pedestres e demais condutores. Pilotar uma motocicleta exige não apenas habilidades técnicas, mas também uma compreensão profunda das regras que regem o trânsito. O respeito a essas normas é fundamental para a convivência harmoniosa nas vias urbanas e rurais.
O cenário em Varginha/MG
A cidade de Varginha, no Sul de Minas, reflete bem a preocupação com a segurança dos motociclistas. De acordo com o Observatório de Segurança Pública de Minas Gerais, entre janeiro e maio de 2025 foram registrados 209 acidentes envolvendo motocicletas no município. Esses dados reforçam a importância de ações educativas, fiscalização efetiva e treinamentos voltados à condução segura.
Capacete: proteção obrigatória
Um dos itens mais importantes — e que muitas vezes ainda é negligenciado — é o capacete.
De acordo com o artigo 54 do CTB, o uso do capacete com viseira ou óculos de proteção é obrigatório tanto para o condutor quanto para o passageiro. Além disso, o equipamento deve estar devidamente afixado à cabeça com a jugular presa e precisa ter certificação do Inmetro.
O descumprimento dessa regra é infração gravíssima, com multa de R$ 293,47, sete pontos na CNH e suspensão do direito de dirigir.
Quer saber mais? Leia também: A importância do uso correto do capacete para a segurança no trânsito — Coluna Prevenção em Pauta, 20/11/2024.
Faróis acesos: visibilidade é tudo
As motocicletas, motonetas e ciclomotores devem utilizar farol de luz baixa durante o dia e à noite, conforme determina o artigo 40, §1º, do CTB. Essa medida é essencial para aumentar a visibilidade e reduzir o risco de sinistros. A infração por deixar de manter os faróis acesos é considerada média, com multa de R$ 130,16 e quatro pontos na CNH.
Proibido empinar ou fazer manobras perigosas
Pilotar fazendo malabarismos ou equilibrando-se em apenas uma roda é infração gravíssima. Além de colocar em risco a segurança no trânsito, o condutor está sujeito às penalidades previstas no artigo 244 do CTB.

• Infração: gravíssima
• Penalidade: multa e suspensão do direito de dirigir
• Medida administrativa: retenção do veículo até regularização e recolhimento da CNH
Já o artigo 175 do CTB trata das manobras perigosas com arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamento:
• Infração: gravíssima
• Penalidade: multa (dez vezes o valor base), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo
• Medida administrativa: recolhimento da CNH e remoção do veículo
• Reincidência em 12 meses: aplicação em dobro da multa
Passageiros e crianças: atenção às regras
O transporte de passageiros em motocicletas também exige atenção. O passageiro deve utilizar todos os equipamentos de segurança e ocupar o assento próprio atrás do condutor. O artigo 244, inciso V, proíbe o transporte de crianças menores de 10 anos ou que não tenham condições de cuidar da própria segurança.

• Infração: gravíssima
• Penalidade: multa e suspensão do direito de dirigir
• Medida administrativa: retenção do veículo e recolhimento da CNH
Respeito é a base da convivência no trânsito
O trânsito é um espaço coletivo. Pilotar com responsabilidade é mais do que cumprir leis: é ter ética e empatia. Respeitar os limites de velocidade, dar prioridade a pedestres e manter atenção em cruzamentos são atitudes que salvam vidas.
A motocicleta é uma aliada da mobilidade urbana, mas exige preparo técnico e emocional. Respeitar as regras do CTB é um compromisso com a própria vida e com a segurança de todos.
Reflexão final
O Brasil registra altos índices de acidentes com motociclistas. Muitos poderiam ser evitados com o simples cumprimento da legislação. Motociclistas devem ser ágeis, sim — mas jamais imprudentes. Respeitar as regras não é apenas uma obrigação legal: é um compromisso com a vida.


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