top of page
1e9c13_a8a182fe303c43e98ca5270110ea0ff0_mv2.gif

Rabobank alerta: estoques americanos vao definir mercado de carne brasileira no segundo semestre

  • gazetadevarginhasi
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura
Rabobank alerta: estoques americanos vao definir mercado de carne brasileira no segundo semestre
Divulgação
Tarifas dos EUA reduzem exportações de carne brasileira e influenciam mercado mundial.

As tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre a carne bovina brasileira devem impactar fortemente o comércio entre os dois países nos próximos meses, segundo análise do Rabobank. O Brasil registrou exportações recordes para os EUA no primeiro semestre, mas a dúvida agora é se esse volume já entrou nos estoques americanos ou se haverá escassez de carne no mercado norte-americano durante o segundo semestre de 2025.

O estoque disponível nos Estados Unidos influenciará a necessidade de novas compras em outros países fornecedores e também afetará o mercado interno brasileiro. O relatório global do terceiro trimestre do Rabobank aponta que os preços do gado e da carne estão recordes, tanto no hemisfério Norte quanto no Sul, com a elevação nos EUA refletindo diretamente nos preços sul-americanos. Além disso, a demanda chinesa continua pressionando os valores globalmente.

Apesar do tarifaço, os analistas projetam que os Estados Unidos continuarão importando carne brasileira, porém em volume menor, estimado entre 10 mil e 15 mil toneladas por mês até o fim do ano. Dados da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) indicam que as exportações nacionais de agosto para os EUA recuaram para 9.382 toneladas, queda de 48,5% em relação a julho, quando foram exportadas 18,2 mil toneladas. A associação projeta que nos próximos meses o volume mensal fique em torno de 5 mil toneladas.

O impacto econômico do tarifaço é significativo. A Abiec estima uma perda de receita entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões ainda em 2025. Com as exportações totais previstas para o ano reduzidas de 400–500 mil toneladas para cerca de 200 mil toneladas, a perda pode atingir US$ 750 milhões, considerando que o país poderá realocar parte da carne em outros mercados, provavelmente com preços menores.

Mesmo com o cenário desafiador, a Abiec projeta crescimento de 12% no volume exportado em 2025, com aumento de 16% nas receitas. A produção nacional de carne bovina deve se manter próxima de 11,8 milhões de toneladas, em linha com 2024, podendo variar levemente para mais ou para menos.
Fonte: BrasilAgro

Gazeta de Varginha

bottom of page