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Retorno do horário de verão volta a ser debatido por governo e especialistas

  • gazetadevarginhasi
  • 25 de set.
  • 2 min de leitura
Retorno do horário de verão volta a ser debatido por governo e especialistas
Divulgação
O horário de verão, que marcou gerações de brasileiros ao prolongar os dias de sol, volta a ser tema de debate para 2025. A proposta, além de despertar nostalgia, pode influenciar o consumo de energia, a economia e a rotina da sociedade.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a medida poderia reduzir a pressão sobre o fornecimento de energia, especialmente entre 18h e 21h – período de maior demanda residencial, queda na geração solar e risco de sobrecarga. Atualmente, o país recorre com frequência às termelétricas, mais caras e poluentes. Nesse cenário, o retorno do horário de verão surge como uma alternativa de baixo custo para reduzir riscos de apagões e a dependência de usinas menos sustentáveis.

Apesar do debate, não há confirmação oficial sobre o retorno da medida. Em setembro, o Ministério de Minas e Energia (MME) afirmou que o tema é “permanentemente avaliado”, mas que não há previsão de retomada. Tradicionalmente, o horário de verão começava em outubro e se estendia até fevereiro, com objetivo de aproveitar melhor a luz natural durante os meses mais quentes.

Criado no Brasil em 1931, o horário de verão ganhou caráter permanente em 2008, mas foi abolido em 2019 pelo governo de Jair Bolsonaro. Na época, a justificativa foi a mudança no padrão de consumo de energia, além de impactos negativos à saúde e ao bem-estar, segundo especialistas em cronobiologia.

O MME informou que as condições dos reservatórios estão favoráveis em 2025, garantindo pleno atendimento de energia até fevereiro de 2026. O ONS, em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), destacou que o Sistema Interligado Nacional (SIN) está em situação melhor que no ano anterior.

Segundo o professor José Carlos de Souza Filho, da FIA Business School, o horário de verão antes tinha grande impacto no consumo, pois as pessoas acendiam luzes mais tarde, reduzindo a demanda no horário de pico. No entanto, com a adoção de lâmpadas LED e a maior utilização de ar-condicionado, o efeito da medida diminuiu, já que o consumo de energia agora não está diretamente ligado à iluminação.

A especialista em finanças Paula Sauer, da ESPM, alerta que os impactos do horário de verão variam conforme região, clima e idade dos equipamentos, tornando difícil calcular seus benefícios de forma uniforme.

Como reduzir gastos com energia
Para economizar, é fundamental entender as bandeiras tarifárias, que indicam o custo da energia elétrica de acordo com a oferta, demanda e condições climáticas.
  • Bandeira verde: condições favoráveis; não há acréscimo na conta.
  • Bandeira amarela: condições menos favoráveis; acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh.
  • Bandeira vermelha – Patamar 1: acréscimo de R$ 4,463 por 100 kWh.
  • Bandeira vermelha – Patamar 2: acréscimo de R$ 7,877 por 100 kWh.

Em setembro, a ANEEL manteve a Bandeira Vermelha – Patamar 2, devido à baixa afluência nos reservatórios. Para reduzir despesas, especialistas recomendam:
  • Aproveitar a luz natural durante o dia.
  • Usar ar-condicionado de forma eficiente e manter ambientes bem isolados.
  • Desconectar equipamentos em stand-by, evitando o “consumo fantasma”.

Além disso, a aquisição de eletrodomésticos eficientes pode gerar economia no longo prazo. Produtos com selo PROCEL consomem menos energia e ajudam a reduzir os custos de eletricidade, principalmente para aparelhos que ficam ligados por muitas horas, como geladeiras e ar-condicionado.
Fonte: e investidor

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Gazeta de Varginha

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