Servidora da Polícia Civil é presa suspeita de furtar armas de delegacia em Belo Horizonte
gazetadevarginhasi
há 5 minutos
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fonte: itatiaia
Vanessa de Lima Figueiredo, de 44 anos, servidora administrativa concursada da Polícia Civil de Minas Gerais, foi presa pela Corregedoria da corporação na noite de domingo (9), em sua casa, no bairro Salgado Filho, região Oeste de Belo Horizonte. Ela é suspeita de desviar armas apreendidas da 1ª Delegacia do Barreiro, localizada no bairro Jardinópolis.
De acordo com informações apuradas, Vanessa, que não é policial, era a única pessoa com acesso ao local onde os armamentos estavam armazenados. O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Leonardo Machado Cardoso. Formada em Fisioterapia pelo Uni-BH, a servidora recebia, em setembro deste ano, salário superior a R$ 7,5 mil. Em suas redes sociais, ela compartilhava registros de viagens internacionais, incluindo visitas à Disney e a Nova York.
A investigação teve início após uma arma que deveria estar apreendida na delegacia ser localizada durante uma ocorrência em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A descoberta levou a uma conferência no acervo de armamentos, quando foi constatado o desaparecimento de outras armas. A Polícia Civil ainda não informou quantas armas foram desviadas, nem como ocorreu o furto.
Em nota, a corporação esclareceu que “não houve nenhuma invasão na unidade policial” e que as investigações estão em “estágio avançado”. O delegado-geral da Polícia Civil, Rômulo Guimarães Dias, afirmou que as armas desaparecidas eram de “baixo calibre” ou “obsoletas”, sem uso ativo e com munições que não são mais produzidas comercialmente.
Representantes sindicais criticaram a forma de armazenamento das armas, ressaltando que, desde 2019, o Código de Processo Penal determina que todo material apreendido seja guardado na Central de Custódia. “Há seis anos lutamos para que armas e drogas não fiquem nas delegacias, mas a corporação ainda precisa avançar muito nesse processo”, declarou uma fonte do sindicato.
A Polícia Civil informou que a servidora foi encaminhada ao sistema prisional e que o material apreendido será analisado pela perícia técnica. Um procedimento administrativo foi aberto para apurar as irregularidades e aplicar as devidas punições.