Travessia segura: o papel da faixa elevada no trânsito
- gazetadevarginhasi
- há 10 minutos
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Você já percebeu aquelas faixas de pedestres que ficam mais altas, quase no mesmo nível da calçada?Elas se chamam faixas elevadas e servem para proteger quem atravessa a rua, obrigando os motoristas a reduzirem a velocidade.
Além de ajudar na segurança, esse tipo de travessia também facilita a vida de quem tem mobilidade reduzida, como idosos, cadeirantes e pessoas com deficiência visual ou auditiva.
O que é e como funciona
A faixa elevada, é uma elevação do asfalto, colocada transversalmente na via, com uma rampa suave de acesso para os carros. Ela fica na altura da calçada, o que facilita a passagem de pedestres e melhora a visibilidade entre motoristas e quem atravessa. Mas a instalação não pode ser feita de qualquer jeito. Segundo a Resolução nº 738/2018 do Contran, a faixa elevada só pode ser implantada com autorização do órgão de trânsito responsável pela via e deve seguir um projeto técnico com medidas e padrões de segurança.
O que a lei determina
De acordo com a resolução:
As faixas elevadas não devem ser usadas sozinhas, mas junto com outras medidas que façam o motorista reduzir a velocidade, como placas, lombadas ou estreitamento da pista.
Devem ter altura parecida com a da calçada (até 15 cm), rampas suaves e pintura bem visível.
Não podem ser colocadas em curvas, ruas muito inclinadas, locais sem calçada, sem iluminação ou na frente de garagens.
A drenagem da água deve ser bem planejada, para evitar poças ou escorregões.
Esses cuidados garantem que a faixa realmente aumente a segurança sem causar riscos.
Acessibilidade para todos
A faixa elevada também precisa ser acessível para todos os pedestres, inclusive pessoas com deficiência.
Veja o que deve ser feito:
Para pessoas com deficiência visual
Instalar piso tátil de alerta (aquelas bolinhas em relevo) antes da travessia.
Garantir pintura clara e bem sinalizada da faixa.
Em locais com semáforo, usar alerta sonoro para indicar o momento seguro de atravessar.
Para pessoas com deficiência auditiva
Ter placas e faixas bem visíveis, com sinalização luminosa clara nos semáforos.
Para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
Deixar a faixa no mesmo nível da calçada, sem degraus nem buracos.
Rampa com inclinação suave (entre 5% e 10%).
Piso firme e antiderrapante.
Garantir espaço livre de obstáculos, como postes e lixeiras.
Com esses cuidados, a travessia se torna segura, confortável e inclusiva para todos.
A faixa elevada é uma solução simples e eficiente para reduzir acidentes e valorizar o pedestre. Mas ela só cumpre seu papel se for bem projetada e acessível, respeitando as normas e promovendo a inclusão.

Respeitar a faixa é respeitar a vida e todas as pessoas que fazem parte dela.

Instrutora Especialista em Planejamento e Gestão de Trânsito, com formação em Pedagogia, Bacharelado em Administração e curso técnico em Segurança do Trabalho.
Com ampla experiência nas áreas de educação para o trânsito, segurança ocupacional e treinamentos corporativos, é proprietária da R-Sarto Treinamentos, empresa especializada em capacitação profissional e desenvolvimento de programas preventivos.
Atua como colunista da Gazeta de Varginha, abordando temas voltados à prevenção, mobilidade segura e cultura de segurança no trabalho.
Contato profissional: rsartotreinamentos@gmail.com
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