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Uso de Viagra por jovens cresce e pode causar infarto, AVC e dependĂȘncia, alerta especialista

  • gazetadevarginhasi
  • hĂĄ 33 minutos
  • 2 min de leitura

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Divulgação


O consumo de medicamentos para disfunção erĂ©til, como Viagra (sildenafila), Cialis (tadalafila) e Levitra (vardenafila), tem aumentado entre homens de vĂĄrias idades — inclusive jovens sem diagnĂłstico de impotĂȘncia. Segundo a PrĂłGenĂ©ricos, o genĂ©rico de tadalafila foi o quinto remĂ©dio mais vendido no Brasil em 2024, com mais de 61 milhĂ”es de unidades. JĂĄ em 2025, passou a ocupar o quarto lugar, com quase 22 milhĂ”es de caixas vendidas apenas no primeiro semestre, segundo a Alanac.

Diante desse cenĂĄrio, a Anvisa emitiu um alerta sobre o uso recreativo desses medicamentos. O consumo sem indicação mĂ©dica pode causar infarto, AVC, queda brusca da pressĂŁo e dependĂȘncia psicolĂłgica.
De acordo com o Serviço Nacional de SaĂșde do Reino Unido (NHS), esses remĂ©dios atuam na inibição de uma enzima (PDE5) que bloqueia o processo natural da ereção, facilitando a entrada de sangue no pĂȘnis. PorĂ©m, sĂł funcionam mediante estĂ­mulo sexual — nĂŁo aumentam o desejo.

O urologista Mark Neumaier, dos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitårio Cajuru, explica que efeitos colaterais como dor de cabeça, nariz entupido, vermelhidão e dores musculares são comuns. Segundo o NHS, 12% dos usuårios apresentam reaçÔes significativas, mas apenas 3% interrompem o uso.
Neumaier alerta tambĂ©m para o risco psicolĂłgico quando o remĂ©dio Ă© usado por insegurança. “O paciente pode acreditar que sĂł terĂĄ bom desempenho com o medicamento, criando dependĂȘncia.”

Pacientes cardíacos devem ter atenção redobrada. A combinação com remédios à base de nitratos, usados para tratar angina, pode provocar queda perigosa de pressão e complicaçÔes graves.

O especialista reforça que o tratamento deve ser feito somente com prescrição. Embora a venda exija receita, ainda Ă© possĂ­vel encontrar o medicamento sem controle, incentivando o uso para “turbinar” o desempenho sexual.

Em alguns casos de disfunção erétil, mudanças no estilo de vida podem dispensar medicamentos. Exercícios físicos, controle do diabetes e da pressão, fisioterapia pélvica e boa comunicação com a parceira podem ajudar na recuperação do desempenho sexual.

Gazeta de Varginha

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