Vigilância Sanitária apreende duas toneladas de produtos vencidos em seminário de Pouso Alegre

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Cerca de duas toneladas de alimentos e produtos de limpeza com prazo de validade vencido foram apreendidos pela Vigilância Sanitária no Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora, em Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais. A apreensão ocorreu durante uma fiscalização motivada por denúncia anônima. De acordo com a prefeitura, entre os materiais encontrados estavam sabão em pó, água sanitária, detergente, além de itens alimentícios como pães, bolos, café, açúcar, feijão, farinhas, óleo de soja, temperos e gelatinas.

Alguns dos produtos apresentavam vencimento desde o ano de 2023, o que, segundo os fiscais, agrava o risco sanitário e evidencia falhas na organização, controle e rotatividade do estoque. O material era, em grande parte, proveniente de doações feitas por paróquias da arquidiocese e utilizado tanto no consumo interno do seminário quanto em campanhas de distribuição a famílias carentes.

Durante a inspeção, todos os produtos vencidos foram devidamente identificados, separados e lacrados, seguindo os protocolos técnicos de rastreabilidade e controle. O seminário foi designado como depositário fiel dos itens até que seja feito o descarte adequado, que deverá ocorrer em local apropriado, como aterros sanitários licenciados ou por meio de empresas especializadas no manejo de resíduos químicos e óleos.

A Vigilância Sanitária reforçou que o uso e o armazenamento de produtos fora do prazo de validade representam sérios riscos à saúde pública e que as ações de fiscalização têm caráter educativo e preventivo. O objetivo, segundo o órgão, é garantir a segurança sanitária e conscientizar as instituições quanto à responsabilidade no manuseio e distribuição desses materiais.

Em nota oficial, o Seminário Arquidiocesano reconheceu a ocorrência e explicou que os produtos estocados foram recebidos por meio de doações, principalmente no mês de agosto, período em que muitas paróquias realizam campanhas de arrecadação. A instituição admitiu que parte dessas doações já chegou com prazos de validade curtos ou até vencidos, e que, por orientação inicial, os produtos foram armazenados com a intenção de descarte posterior. No entanto, segundo a nota, esse descarte não foi realizado a tempo.

A direção do seminário informou ainda que os itens utilizados internamente sempre seguiram as margens de tolerância indicadas pelos fabricantes e que, a partir do ocorrido, serão adotadas medidas de reestruturação e revisão dos estoques para evitar que situações semelhantes se repitam no futuro.