O ano de 2024 foi o mais quente já registrado no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A média de temperatura de 25,02°C para o ano passado superou a marca de 2023, que também havia sido o ano mais quente até então.
A anomalia de 0,79°C em relação à média histórica (1991-2020) confirma a tendência crescente de aumento de temperaturas no país, o que pode estar associado às mudanças climáticas e ao aquecimento global.
A anomalia de temperatura é uma variação em relação à linha de base de uma média histórica. Em 2024, a temperatura superou a média histórica, com um desvio maior do que o de 2023, que teve um desvio de 0,69°C.
A meteorologista Andrea Ramos explica que a anomalia é crucial para compreender quanto a temperatura se afastou da média, sendo fundamental para as observações climáticas de longo prazo.
O aumento das temperaturas nos últimos anos é explicado, em parte, pelo aquecimento global e pelos efeitos do fenômeno climático El Niño, que contribui para oceanos e continentes mais quentes. A tendência de resfriamento associada ao La Niña, que poderia oferecer um "alívio" para o aumento das temperaturas, está cada vez mais fraca e distante, de acordo com previsões da Organização Meteorológica Mundial (OMM).
No cenário global, 2024 também é projetado para ser o ano mais quente da história da humanidade, superando o recorde de 2023. O observatório Copernicus, da União Europeia, aponta que as temperaturas de 2024 serão as mais altas dos últimos 125 mil anos, com base em análises de vestígios ambientais pré-históricos que ajudam a determinar as temperaturas da Terra antes da invenção dos termômetros.
Esses dados refletem a crescente preocupação com as mudanças climáticas e suas consequências para o clima global, incluindo eventos mais intensos de calor, alterações nas precipitações e impactos ecológicos e socioeconômicos em diversas regiões do mundo.
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