Almoço de Lula com Forças Armadas é adiado, mas pauta política esquenta no Congresso

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está planejando um almoço com representantes das Forças Armadas para o mês de março. Inicialmente, o encontro estava previsto para o final do ano passado, mas foi adiado devido ao acidente que envolveu o petista. O principal objetivo dessa reunião é estreitar as relações com os militares, especialmente em um momento delicado, com a tramitação de propostas controversas no Congresso Nacional.

Na Câmara dos Deputados, tramitam duas propostas que têm gerado desconforto entre os militares da ativa e da reserva. A primeira é a PEC dos Militares, que impõe a obrigatoriedade de que integrantes da ativa se afastem das Forças Armadas para se candidatar a cargos políticos. A outra proposta envolve mudanças nas regras de aposentadoria, estabelecendo uma idade mínima de 55 anos para que os militares possam se aposentar e passar para a reserva.

O almoço com os militares será realizado em um contexto tenso, considerando também a possibilidade de denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o general da reserva Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid, ambos investigados no âmbito do inquérito sobre um possível plano golpista.

Recentemente, o general do Exército, Tomás Paiva, esteve em visita ao general Braga Netto, que segue sendo investigado pelas autoridades. Essa visita ocorreu em meio à investigação que envolve o suposto plano golpista, o que aumenta a pressão sobre o governo.

Além disso, Lula tinha programado participar de um jantar organizado pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), mas o evento foi adiado sem previsão de nova data. Assessores do governo explicaram que a mudança foi uma decisão estratégica, considerando que a PGR pode apresentar uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro nesta semana. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, era um dos convidados para o jantar, e sua presença poderia ser usada como uma arma política pelos partidos de oposição.

Fonte: CNN