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Após bomba falsa no Rodoanel, motorista desmaia em choque: entenda o que faz o corpo “colapsar” em situações extremas

  • gazetadevarginhasi
  • 13 de nov.
  • 2 min de leitura

fonte: g1
fonte: g1
O episódio no Rodoanel, em São Paulo, em que o caminhoneiro Dener dos Santos desmaiou após acreditar estar carregando explosivos presos ao corpo, chamou atenção para a reação do organismo diante de situações de pânico extremo. Segundo especialistas, o motorista entrou em estado de choque emocional agudo — uma resposta intensa e imediata ao estresse traumático.
De acordo com o cirurgião cardiovascular Ricardo Katayose, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, o choque médico ocorre quando há falha no sistema circulatório e os órgãos deixam de receber sangue e oxigênio suficientes. “Choque é quando o paciente está hemodinamicamente instável. A pressão cai, o coração pode falhar, e há risco neurológico. É um estado crítico que exige atendimento imediato”, explicou.
No caso do caminhoneiro, o quadro foi classificado como choque emocional, causado pela descarga excessiva de adrenalina e cortisol liberados pelo cérebro em resposta ao medo. “O corpo entra em modo de sobrevivência. O coração acelera, os músculos se contraem, mas quando esse estado se prolonga, o organismo esgota suas reservas e desaba”, explicou o neurologista Alan Eckeli, da USP de Ribeirão Preto.
Após o resgate, o motorista apresentou tremores, queda de pressão e desorientação — sintomas típicos da exaustão pós-estresse. Médicos ressaltam que o tratamento nesses casos deve envolver estabilização física e acompanhamento psicológico, com monitoramento cardíaco, controle da pressão e apoio emocional para evitar sequelas.
Especialistas alertam que o trauma pode evoluir para Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), caracterizado por lembranças intrusivas, pesadelos, insônia e sensação constante de vigilância. “As semanas seguintes são decisivas para avaliar se o organismo volta ao equilíbrio ou permanece em alerta permanente”, afirmou Eckeli.
Os profissionais recomendam buscar ajuda médica se sintomas como desmaios, tremores persistentes, dor no peito ou medo intenso continuarem por mais de duas semanas. O tratamento precoce, destacam, é fundamental para a recuperação completa

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Gazeta de Varginha

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