top of page
1e9c13_a8a182fe303c43e98ca5270110ea0ff0_mv2.gif

Ataque de abelhas deixa idoso morto e feridos em casa de repouso

  • Foto do escritor: Elisa Ribeiro
    Elisa Ribeiro
  • 18 de dez. de 2023
  • 3 min de leitura

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o ataque deixou um cadeirante em estado grave. A Prefeitura de Vespasiano informou que a entidade é particular e não está sob responsabilidade do Executivo; saiba como se prevenir.


Um idoso de 70 anos morreu e 12 ficaram feridos depois de um ataque de abelhas em uma casa de recuperação, em Vespasiano, na Grande BH, nesta segunda-feira (18).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente deixou um cadeirante em estado grave.

Corpo de Bombeiros atende idosos atacados por abelhas — Foto: Reprodução/TV Globo

A Prefeitura de Vespasiano informou que a entidade é particular e não está sob responsabilidade do Executivo.

Ataques


A Apis mellifera é a espécie responsável pelos ataques em áreas urbanas — Foto: Victor Hugo Duarte da Silva

De janeiro a abril deste ano, mais de 40 pessoas foram internadas no Brasil por ataques de abelhas, um crescimento de 46% em relação ao mesmo período de 2002, um aumento de 46%, segundo o Ministério da Saúde. Duas mortes foram registradas, uma no Mato Grosso do Sul e uma em Minas Gerais.

Aqui no estado foram registrados 20 ataques de abelhas, quase o dobro do registrado em todo ano passado, quando ocorreram 11 ataques no estado.

Belo Horizonte, Betim e Santa Luzia, estas últimas na Região Metropolitana da capital, já tiveram cinco registros nos quatro meses de 2023.

As cidades não registravam ocorrências deste tipo em 2021 e 2022. Os dados são do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

Mas o que está causando este aumento?


  • Em determinados períodos do ano, as chances de contato da população com as abelhas aumentam. A maior atividade do inseto ocorre nos meses com temperaturas mais altas e pouca chuva.

  • A má distribuição de árvores nas cidades também acaba por concentrar as abelhas em um mesmo lugar, aumentando as chances de ataques.

  • A responsável pela maioria dos ataques urbanos é a Apis mellifera. Um dos fatores que podem estar motivando o aumento da nas cidades é a disponibilidade de locais para construção dos ninhos, já que a espécie pode instalar suas colônias em forros, muros e até em paredes.

  • Outro fator que contribui para o aumento é a divisão reprodutiva, e natural, de suas colônias. No processo, uma nova rainha é estabelecida quando parte da colônia sai com a rainha antiga à procura de um local adequado para construir um novo ninho.

  • Estas colmeias podem se estabelecer em locais provisórios, como árvores, para iniciar o reconhecimento de área e localização de cavidades adequadas para instalação desta nova colônia.


Todas as espécies de abelhas atacam?


Essa é a melipona quadrifasciata (é um exemplo de espécie nativa que temos no Brasil, que é social, produz mel e não tem ferrão) — Foto: Arquivo Pessoal


  • No Brasil, existem diversas espécies de abelhas nativas, muitas delas sem ferrão, que são essenciais para a reprodução das plantas cultivadas e formação de frutos usados na alimentação humana.

  • Estas espécies também são fundamentais para a polinização de plantas nativas, em áreas naturais. E como a biólogo contou acima, estes não são os insetos por trás dos ataques nas cidades.


O que é a Apis mellifera?


  • A espécie responsável pelos ataques urbanos é a principal espécie utilizada para a criação e comercialização de produtos como mel e própolis.

  • Ela não ocorria naturalmente no Brasil. A linhagem europeia desta espécie foi introduzida aqui em 1839, mas se adaptou ao clima tropical do país.

  • Mais de 100 anos depois, em 1956, linhagens de Apis mellifera africanas foram trazidas para o Brasil.

  • O cruzamento acidental entre as duas subespécies levaram a novas populações, que herdaram características como maior tolerância ao clima e maior capacidade de defesa e de criação de ninhos em lugares variados.

  • Todas essas características favoreceram a ocorrência destas abelhas nas cidades e, consequentemente, dos ataques.


E o que fazer caso você seja o alvo de enxame?


  • Se o ataque já estiver acontecendo, o recomendado é sair do local o mais rápido possível, pois as abelhas tendem a persistir na defesa.

  • Após o afastamento, a retirada dos ferrões deve ser feita com a raspagem do local atingido.

  • Nunca se esfregue ou tente retirar o ferrão com uma pinça, pois isso acaba injetando mais veneno no organismo da pessoa atingida.

  • Outra recomendação é procurar atendimento médico imediatamente, principalmente se a vítima tiver histórico de reações alérgicas.


Prevenção


  • Para se prevenir ou minimizar as chances de acidentes, é recomendado que abrigos potenciais para colônias, como forros e paredes, sejam vedados.

  • Outra forma de se prevenir é aumentar a distância entre apiários e áreas residenciais ou com alta circulação de pessoas.

  • As ferroadas são um comportamento de defesa das abelhas a possíveis ameaças e perturbações diretas na colônia ou na sua proximidade.

  • Ao observar uma colônia da espécie Apis mellifera ou um número grande de abelhas em um determinado local, como em uma árvore, o mais importante é manter o máximo de distância possível.

  • Além disso, a população deve acionar autoridades que tenham experiência na remoção dos insetos, como apicultores ou bombeiros.


FONTE:G1

Comments


Gazeta de Varginha

bottom of page