Essas votações, por sua vez, foram pautadas pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) para cumprir um acordo firmado com os bolsonaristas e com o Centrão que, em agosto, fizeram um motim e tomaram as mesas diretoras da Câmara e do Senado em protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - acordo esse alinhavado por Arthur Lira (PP-AL), expoente do Centrão, ex-presidente da Câmara e fiador do mandato de Motta no comando da Casa.O Centrão quer aprovada a PEC da Blindagem para tentar barrar as investigações contra parlamentares, principalmente as relacionadas a emendas. Há mais de 80 deles na mira de apurações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).
A repercussão negativa das aprovações, entretanto, tirou qualquer chance de a PEC da Blindagem ser aprovada pelo Senado — pelo menos por ora.
A manobra de pautar de forma seguida a PEC da Blindagem e a urgência da Anistia não agradou o ex-secretário de Comunicação do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, que fez uma postagem em seu perfil no X para falar sobre o tema.
A junção das pautas da “PEC da Blindagem” com a da Anistia merece TODOS os prêmios de marketing às avessas [...] É imprescindível que a Direita levante um muro imediatamente, recolocando a ANISTIA num patamar alto e independente, disse o advogado e aliado de Bolsonaro.
Mesmo senadores que, em reservado, diziam não saber como se posicionariam agora dão como certo que votarão contra.
Além disso, mostrou que a ideia de atrelar a tramitação da anistia à blindagem foi, nas palavras de um aliado de Bolsonaro, um tiro no pé.
Isso porque não só os dois projetos correm, agora, risco maior de serem enterrado — no caso da PEC — e enfraquecido — no caso da anistia —, mas também porque deixou de herança o desgaste de tentar aprovar duas medidas amplamente impopulares, além do carimbo de que a direita patrocinou o movimento de blindagem a parlamentares.Fonte: G!
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