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Brasil caminha para a reprimarização das exportações e perde espaço na indústria, alerta Abimaq

  • gazetadevarginhasi
  • 3 de fev.
  • 2 min de leitura
O Brasil está regredindo na sua pauta de exportações e voltando a se tornar um país dependente da venda de matérias-primas, alerta José Velloso, presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Segundo ele, a participação da indústria de transformação nas exportações caiu de 64% há dez anos para apenas 52% atualmente, enquanto produtos pouco processados, como açúcar, óleo combustível e carne bovina, dominam cada vez mais a balança comercial.
Apesar do superávit comercial de US$ 74,6 bilhões em 2024, o Brasil está exportando menos produtos de alto valor agregado, o que compromete o crescimento da indústria e gera menor retorno econômico. Para Velloso, o país não está investindo no setor industrial como deveria, o que se reflete na queda de 35% nos investimentos em máquinas e equipamentos nos últimos dez anos.
Efeito Trump na economia global
O presidente da Abimaq também alertou para os efeitos da política comercial de Donald Trump, que deve endurecer as restrições contra a China. Com as tarifas americanas dificultando a entrada de produtos chineses nos EUA e na Europa, a China está buscando novos mercados, e o Brasil está se tornando um dos alvos dessa enxurrada de importações.
“Os produtos chineses que antes iam para os EUA e Europa agora estão vindo para cá, prejudicando principalmente a indústria nacional de máquinas e automóveis”, destacou Velloso.
O governo Trump já deixou claro que pretende continuar com uma política protecionista, priorizando a produção nacional americana e reduzindo a dependência da China. Para o Brasil, isso pode significar um aumento da concorrência de produtos chineses, colocando ainda mais pressão sobre a indústria local.
Enquanto isso, os Estados Unidos continuam sendo o maior comprador de máquinas e equipamentos brasileiros, representando 26% das exportações do setor em 2024. Outros mercados importantes são a Argentina (9%), Cingapura (6,2%) e México (6%).
Com um governo que não investe na indústria e permite que o país fique cada vez mais dependente da exportação de commodities, o Brasil caminha para um cenário preocupante, enquanto potências como os EUA adotam políticas firmes para proteger seus interesses e fortalecer suas economias.

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Gazeta de Varginha

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