Caso de desvio de cerca de 200 armas leva servidora da Polícia Civil ao banco dos réus
gazetadevarginhasi
há 1 hora
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Divulgação
Justiça aceita denúncia de peculato contra servidora da Polícia Civil em Belo Horizonte.
Analista da PCMG é acusada de se apropriar e desviar cerca de 200 armas de fogo e valores em dinheiro.
A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia contra a servidora da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) Vanessa de Lima Figueiredo pelo crime de peculato. A decisão é do juiz Alexandre Magno de Resende Oliveira, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte.
A analista foi presa preventivamente no dia 9 de novembro e permanece detida. Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), entre os dias 20 e 29 de outubro deste ano, a servidora teria se apropriado de dinheiro, armas de fogo e outros objetos que estavam sob custódia na sala de acautelamento de materiais da 1ª Delegacia de Polícia Civil do Barreiro.
As investigações apontaram que a denunciada e outra servidora eram as únicas pessoas que possuíam a chave da sala, utilizada para a guarda de armas de fogo, valores em dinheiro e objetos apreendidos em procedimentos policiais. Ainda conforme o MPMG, o controle de recebimento e guarda desses materiais era feito por meio de recibo eletrônico e, em diversos casos, a própria denunciada realizava o recebimento, sem registro de repasse a outros servidores.
Inventário
No dia 29 de outubro, foi instaurado um inventário para conferência dos materiais sob custódia da unidade policial. Na ocasião, foi constatado o extravio de cerca de 200 armas de fogo, além de valores em dinheiro e outros itens. Alguns invólucros foram encontrados abertos e vazios.
De acordo com a denúncia, o extravio ficou evidenciado não apenas pelo resultado do inventário, mas também por imagens de câmeras de segurança de uma residência em frente à delegacia, que teriam registrado a servidora entrando e saindo da unidade policial portando sacolas e bolsas de tamanho considerável.
O Ministério Público também apontou que depoimentos colhidos durante a investigação indicaram aumento significativo e incompatível do padrão de vida da denunciada nos últimos anos. Conforme a acusação, ela realizou viagens internacionais, adquiriu bens de alto valor, passou por cirurgias plásticas e mobiliou um apartamento próprio em curto período, sem justificativa plausível em relação à renda como servidora pública.