Cobertura da vacina contra o sarampo segue abaixo do ideal em BH; imunização está em 83%

fonte: itatiaia

A cobertura da segunda dose da vacina contra o sarampo em Belo Horizonte segue abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde. Atualmente, o índice é de 83%, enquanto a meta é atingir 95% para garantir a proteção coletiva da população.

De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), o esquema vacinal infantil prevê a aplicação da primeira dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e da segunda dose, com a vacina tetra viral, aos 15 meses.

A imunização também é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças, adolescentes e adultos de 1 a 59 anos que não tenham sido vacinados ou que estejam com o esquema incompleto.

Em situações de risco epidemiológico, bebês de 6 a 11 meses podem receber a chamada “dose zero”, que funciona como proteção adicional, mas não substitui as doses do calendário regular.

Segundo a diretora de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica, Tatiane Ferreguete, crianças devem receber duas doses. “Para as crianças, são duas doses: uma aos 12 meses e outra aos 15 meses”, explica.

Ela destaca ainda que jovens e adultos até 29 anos precisam de duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas. Já os adultos de 30 a 59 anos necessitam de apenas uma dose para serem considerados protegidos. Profissionais da saúde, independentemente da idade, devem receber duas doses.

Alerta para risco de reintrodução da doença

Tatiane reforça a importância de ampliar a cobertura vacinal, mesmo sem transmissão ativa do sarampo no Brasil. “São Paulo registrou recentemente um caso importado, o que acende o alerta”, afirma.

A diretora lembra que há transmissão ativa da doença em diversos países, como Estados Unidos, nações da Europa, México e Canadá, muitas vezes associada a baixas coberturas vacinais.

“O período de férias aumenta o risco, porque as pessoas viajam mais e circulam mais. Isso pode favorecer a reintrodução do sarampo no país e também na nossa cidade”, conclui.

A orientação é que a população procure a unidade de saúde mais próxima para verificar a situação da caderneta de vacinação e atualizar as doses necessárias.