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Coluna Agenda 21 - 18/04/2025

  • gazetadevarginhasi
  • 18 de abr.
  • 3 min de leitura


INSPEÇÃO PREDIAL – COMO TUDO COMEÇOU!

A inspeção predial é o check-up da edificação e surgiu nos EUA em 1975 como atividade profissional, por meio de um grupo de estudos da Califórnia, nos EUA (California Real Estate Inspection Association – Creia) que, no ano seguinte, contribuiu para a criação da ASHI – The American Society of Home Inspectors. Em 1990, foi criada a “The National Association of Certified Home Inspectors” (NACHI) e, em 2007, assumiu o novo nome “The Inter-National Association of Certified Home Inspectors” (i-NACHI). Atualmente, estima-se que há mais de 50 mil inspetores prediais nos Estados Unidos.
No Brasil, a inspeção predial surgiu com a apresentação do primeiro trabalho sob o tema no X Congresso Brasileiro de Avaliações e Perícias – COBREAP, de Porto Alegre/RS, em 1999, de autoria do primeiro autor, engenheiro Tito Lívio Ferreira Gomide, que recebeu o prêmio de menção honrosa e formou o primeiro grupo de estudos com a criação da câmara de inspeção predial do IBAPE-SP. Desde então, inúmeras normas técnicas, cursos, seminários e livros surgiram no País, o que propiciou o desenvolvimento da disciplina nacionalmente e a formação de centenas de profissionais especializados.
Esse primeiro trabalho tinha como título um questionamento bem sugestivo: “A inspeção predial periódica deve ser obrigatória?”, sugerindo a necessidade de leis e normas para a implantação efetiva dessa medida preventiva. Logo após esse congresso em Porto Alegre /RS foi aprovada a primeira norma técnica, em novembro de 2001. Essa norma já apresentava o critério baseado na análise de risco, identificação das anomalias aparentes, classificação do estado de conservação e recomendações técnicas, tendo sido aprimorada logo em seguida, na revisão de 2003. Nessa fase, ainda não havia surgido a visão sistêmica tridimensional, que despontaria mais adiante.
Em 2005, no primeiro Seminário de Inspeção Predial, ocorrido em São Paulo, foi lançada pelo primeiro autor a ideia da engenharia diagnóstica em edificações, destacando as investigações técnicas relativas aos problemas das diversas fases construtivas, sendo apresentado o PPEU, ou seja, a abreviação das fases do planejamento, projetos, execução e uso.
Mais adiante, em 2009, surge oficialmente a engenharia diagnóstica em edificações, com o livro de mesmo nome, apresentando a classificação de suas ferramentas, representadas pelas vistorias, inspeções, auditorias, perícias e consultorias. Com o aprimoramento da engenharia diagnóstica surge a segunda geração de procedimentos de inspeção predial, em 2011, com o lançamento do livro “Inspeção Predial Total”, publicado pela editora PINI, que deu margem à criação das atuais Diretrizes Técnicas de Inspeção Predial do Instituto de Engenharia, caracterizando a inspeção como investigação técnica que informa as reais condições construtivas, de manutenção e de uso das edificações, instrumento fundamental na gestão de facilities.
Mas, o grande salto evolutivo da inspeção predial ocorreu no Rio de Janeiro, com a publicação da lei de auto vistoria, sancionada pelo governador Sérgio Cabral, em 5 de março de 2013. Neste mesmo ano, em 19 de julho, entrou em vigor a norma de desempenho em edificações, NBR 15575 da ABNT, impulsionando ainda mais a inspeção predial, pois a norma determina que o bom desempenho depende da manutenção e respectiva inspeção predial.
Com o aumento do número de acidentes e do custo de manutenção nas edificações, cresce cada vez mais a conscientização sobre a importância da inspeção predial.

Fonte: ABRAFAC –Associação Brasileira de Property,Workplace e Facility Management, artigo divulgado dia 19/06/2019

Engº Alencar de Souza Filgueiras
Presidente do Fórum Agenda 21 Local
Membro do Conselho Fiscal IBAPE-MG
Conselheiro do CREA-MG representando o IBAPE/MG

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