O ano de 2024 foi o mais quente da história, batendo o recorde que era de, olhem só, 2023. E o novo ano já anuncia novos recordes. Outro feito do ano que passou foi ser o ponto em que ultrapassamos o limite estipulado no acordo de Paris de 1,5 grau de aquecimento da Terra, baseado na medição que se deu a partir da revolução industrial, quando os humanos passaram a queimar grandes quantidades de combustíveis fósseis. Informações da agência de monitoramento do clima Copernicus
Os efeitos desse aquecimento do planeta vêm castigando as populações nos cinco continentes, seja nos países ricos ou em desenvolvimento (vejam o recente incêndio na Califórnia, que destruiu inúmeras mansões), embora as populações mais pobres tenham mais dificuldade em se recuperar.
Está muito claro que nosso tempo está se esgotando. Já não basta parar de desmatar, é preciso reflorestar. Não basta reciclar, é preciso diminuir o consumo. Não basta não emitir gases de efeito estufa, é preciso usar técnicas para regeneração do meio ambiente.
A queima de combustíveis fósseis é a principal causa do aquecimento global num ranking mundial. Mas, em se tratando de Brasil, ela está em terceiro lugar. No lugar mais alto do podium, por aqui, está o desmatamento e em segundo, a emissão de gases causados pelo uso de fertilizantes nitrogenados e pelo processo digestivo do gado nos enormes rebanhos. A falta de uma boa gestão dos resíduos sólidos também causa a emissão de gases (metano) nos aterros. Neste caso, os municípios têm papel fundamental e um grande potencial de redução em curto espaço de tempo.
O petróleo é também um problema para nós, já que muito da nossa economia é baseada. em sua extração e exportação - somos o nono país do mundo na extração do ouro negro. A transição energética precisa ser pensada com inteligência.
Para buscar soluções para este quadro têm acontecido eventos nos diversos âmbitos, internacionais e nacionais. Em Varginha acontecerá dia 23 de janeiro a 1a CMMA Conferência Municipal de Meio Ambiente do município de Varginha (no momento da publicação desta matéria o evento já terá acontecido), que tem por objetivo analisar, propor e deliberar propostas com base na realidade local, e eleger pessoas delegadas para a Conferência Estadual do Meio Ambiente. A CMMA tem como tema “Emergência Climática” e está organizada em 5 eixos: I – Mitigação; II – Adaptação e preparação para desastres; III – Transformação Ecológica; IV – Justiça Climática; V – Governança e Educação Ambiental.
Que dali saiam boas resoluções. Que elas sejam postas em prática. e, importante, que sejam acompanhadas e evoluam, aparando arestas e sendo melhoradas constantemente.
* Luciane Madrid Cesar
Artigo gentilmente cedido pela autora a título de colaboração com a Agenda 21 Local.
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