Coluna Fatos e Versões com Rodrigo Silva Fernandes 01/08/2025
gazetadevarginhasi
8 de ago.
8 min de leitura
Educação e transformação
O curso de Medicina do UNIS começa dia 01 de outubro em Varginha. A primeira turma contará com 60 vagas, e os interessados podem ingressar por meio do vestibular tradicional, marcado para 31 de agosto, ou com a nota do Enem dos anos de 2019 a 2024. O investimento total do Grupo Unis foi de R$ 6 milhões, aplicados em laboratórios modernos e na criação de convênios com hospitais da região. Mas os investimentos do UNIS são a ponta do iceberg nesta conquista. Isso porque os gastos destes 60 novos alunos na cidade vão significar gastos com aluguel, alimentação, combustíveis etc. Este é um ganho ainda não estimado, mas, que representará muito mais que os R$ 6 milhões aplicados pelo centro universitário. O entorno da cidade universitária do Unis é um bom experimento para verificar o efeito do desenvolvimento provocado pela expansão dos cursos. A cada nova graduação, o movimento no entorno cresce, a região valoriza e isso tudo vai ganhando escala a cada novo ano, quando o número de alunos dobra, tendo em vista os anos seguintes de graduação. Este efeito em cascata, tendo em vista que Varginha possui outras entidades de ensino, mostra que o setor educacional é transformador, também no ponto de vista econômico. Afinal, no quesito revolução social nem se fala sobre o valor do conhecimento! Afinal, com mais conhecimento as famílias ampliam sua renda, crescem culturalmente, fazem escolhas melhores, cuidam melhor!
Estudo da Fiemg prevê os efeitos diretos e indiretos
do ‘tarifaço’ nos próximos anos em Minas Gerais
O ‘tarifaço’ americano foi implementado a partir da quarta-feira (6/8), e estudos realizados pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) revelam os efeitos da medida econômica a curto e longo prazo. Segundo a economista da instituição, Juliana Gagliardi, a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros vai afetar não apenas os setores da pauta exportadora, mas também aqueles sensíveis à renda. “No curto prazo, diversos setores da pauta exportadora serão impactados, como o da indústria de transformação, a pecuária e a siderurgia. Cerca de 300.000 postos de trabalho que poderão ser perdidos em Minas Gerais. No longo prazo, de 5 a 10 anos, também serão impactados os setores de serviço, comércio, construção e atividades imobiliárias. O estado pode ter até 170.000 postos de trabalho a menos, comprometendo a renda das famílias mineiras em cerca de quase R$ 3 bilhões de reais ao ano”, disse. O estudo da Fiemg foi publicado nesta terça-feira (5/8) e está disponível no site oficial da instituição. Além dos impactos da medida econômica dos Estados Unidos sobre Minas Gerais, a Federação prevê que, mesmo com exceções, as tarifas dos EUA devem retirar R$ 25,8 bilhões do PIB brasileiro.
Ouro, diamante, pedras preciosas ou areia?
A Polícia Federal fez na terça-feira, a segunda fase da operação Fogo no Garimpo, que investiga garimpo ilegal e danos ambientais na região de Varginha, Três Corações, Elói Mendes e Conceição do Rio Verde. Entre os impactos identificados durante a investigação estão assoreamento de cursos d’agua, degradação e contaminação de recursos hídricos e riscos diretos à fauna, flora e à saúde das pessoas. A operação contou com apoio da Polícia Militar, Ibama e Agência Nacional de Mineração. A imprensa fez uma cobertura “trivial sobre o caso, visto que não foi informado o que estavam minerando na região”. As ações ocorreram em áreas rurais e rios conhecidos da região, será que a omissão do que buscavam os mineradores foi omitida de propósito? Não sabemos! Será que temos ouro, diamantes e pedras preciosas no Rio Verde ou outras áreas da região? Se for este o caso, vale a pena que as autoridades estejam preparadas, pois a busca não vai parar. E cabe aos proprietários de terras na região ficarem de olho! Contudo, se o mineral explorado for areia e cascalho, parece que trata-se de “tempestade em copo de água, afinal todos sabiam que isso ocorre na região, muitas vezes sem autorização. E se for este o caso, as autoridades demoraram para acordar e fiscalizar”.
Aciv realiza o Varginha Fashion Day
Amanhã, sábado (09/08), a Praça do ET, em frente à Concha Acústica, sediará a 7ª edição do Varginha Fashion Day – A Moda Mineira ao Ar Livre. O evento promovido pela ACIV é gratuito e aberto ao público, o maior evento de moda a céu aberto do Sul de Minas valoriza a moda mineira e fortalece o comércio local, com expectativa de atrair cerca de cinco mil pessoas e participantes de mais de 20 cidades da região. André Yuki, presidente da ACIV, destaca que o evento ocorre em um momento estratégico, próximo ao Dia dos Pais, incentivando o consumo no varejo local. Além de promover a moda e os talentos regionais, o Varginha Fashion Day movimenta a economia, atrai público para o centro da cidade e apoia empreendedores. O evento oferece visibilidade a marcas e estilistas locais, com desfiles que apresentam tendências da coleção primavera/verão. Haverá praça de alimentação com renda revertida para a Associação Vida Viva, oficina de gastronomia com o Chef Rodrigo Terra e sorteios.
Feira da Paz: Evento cresce a cada ano
Depois de quase duas décadas sem acontecer, a Feira da Paz voltou em 2023, ainda na gestão de Verdi Melo como prefeito, atendendo a um pedido antigo da população de Varginha. Em 2024 não foi realizada, o governo alegou que teria sido por conta da lei eleitoral, o que não se acredita, mas pelo menos não morreu a iniciativa de execução do evento. Mas agora, em 2025, a 29ª edição voltou com força total, sob a liderança do prefeito Leonardo Ciacci, que é um entusiasta de festas. Com três dias seguidos de música e diversão, a tradicional Feira da Paz reuniu um público estimado em 28 mil pessoas, segundo a Prefeitura de Varginha. O evento contou ainda com o novo espaço de eventos do município, local mais amplo, seguro e planejado para receber festas como a Feira da Paz. O espaço de eventos onde aconteceu a Feira da Paz, aliás, leva o nome de Mauro Brito, um dos fundadores da Feira da Paz. Uma justa homenagem a quem ajudou a construir essa festa que tem o carisma da cidade. Ainda tem muitas coisas para melhorar na festa, muitas parcerias que podem ser desenvolvidas e até mesmo a redução de gastos públicos no evento, com a aquisição de parceiros privados. Sem falar que o evento pode ainda abordar temas como sustentabilidade, inovação e outras causas interessantes. Mas fica aí a parabenização à Gestão Ciacci pela realização do belo evento.
Mais festa...
A Prefeitura de Varginha prepara agora o aniversário da cidade, no dia 7 de outubro. Este ano a atração principal será um dos ícones do rock nacional: Paulo Ricardo, vocalista da antiga Banda RPM. A cidade comemora 143 anos. O show é gratuito e ocorre na Concha Acústica, no centro da cidade. A Prefeitura de Varginha irá divulgar a programação completa em breve. A informação do show gratuito do cantor Paulo Ricardo, para o aniversário da cidade, foi anunciada ainda na Feira da Paz, o que parece ter sido uma jogada de marketing e política. Afinal, mesmo com o perfil festeiro do prefeito Ciacci, a estratégia mais agrada aos interesses dos candidatos do governo que vão disputar eleições em 2026, ou seja, Verdi Melo. Claro que é necessário que o aniversário de Varginha seja comemorado, mas apenas fazer festa com dinheiro público sem criar propósito para cada evento, parece um projeto pobre e pouco produtivo! Ainda mais no aniversário da cidade, quando seria ideal que houvesse uma conscientização da população do quanto é importante o papel de cada cidadão no crescimento da cidade. Ou seja, as atrações oferecidas neste dia precisam ter um propósito e não ser uma “festa de oba oba com propósito meramente político”. Não se sabe o que mais o governo vai planejar para o 07 de outubro, mas seria bom ver um projeto de desenvolvimento para os próximos anos para Varginha. Um projeto arrojado de investimentos e planejamento de crescimento que pudesse ser “dado de presente para a cidade no seu aniversário”. Fica aí a dica prefeito Ciacci!
Falando em festa
O Parque de Exposições de Varginha que por muitos anos abrigou a Feira da Paz e outros eventos como Festas de Rodeio, Exposição do Cavalo Manga Larga etc, hoje enfrenta um ostracismo na realização de eventos, mesmo para o setor agrícola que vive um boom de crescimento. O local é administrado pelo Sindicato Rural de Varginha, sendo que a Prefeitura é proprietária de parte do espaço, mas pouco “palpita na gestão do parque”. Talvez fosse o caso de Sindicato Rural e Prefeitura de Varginha debaterem uma destinação para o parque de exposições. O local fica em ponto nobre e valorizado na entrada da cidade. Já existiam rumores de que o Sindicato Rural poderia, inclusive, vender parte do espaço para investimentos imobiliários, o que seria uma pena tendo em vista a história do local. Mas o fato é que se não for realizado um alinhamento de intenções entre o Sindicato Rural e a Prefeitura de Varginha a tendência do parque é declinar cada dia mais na realização de eventos e acabar por ser vendida a área, pois há quem defenda isso no Sindicato Rural. O parque pode abrigar diversos projetos inovadores contando com a participação da iniciativa privada e entidades conhecidas, mas é preciso que os proprietários do Parque de Exposições (Sindicato Rural e Prefeitura) conversem sobre o assunto. E isso não está acontecendo!
Governo Zema: MG ultrapassa marca histórica de
1 milhão de empregos formais criados desde 2019
Minas Gerais alcançou a marca histórica de 1 milhão de empregos com carteira assinada criados desde janeiro de 2019. Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados na segunda-feira (4/8), mostram que o estado já acumula 1.024.785 postos formais nos últimos seis anos e meio. Este resultado coloca Minas ao lado de São Paulo como os dois únicos estados que já bateram essa marca no mesmo período. O governador Romeu Zema comemorou a marca histórica e lembrou que este era um compromisso assumido por ele junto à população mineira. Segundo o chefe do Executivo estadual, o resultado só foi possível graças às ações de fomento ao emprego e atração de investimentos realizados pelo Governo de Minas. Com 24.228 contratações em junho, Minas Gerais chega a 149.282 novas vagas no acumulado parcial de 2025, o que também consolida o estado como um dos líderes na geração de empregos no país neste ano. Analisando o número de empregos apurados pelo Novo Caged desde 2019, Minas sempre registrou saldo positivo. Em 2020, por exemplo, mesmo durante a pandemia, quando muitos estados tiveram quedas acentuadas na criação de vagas, Minas manteve bons resultados. Desde 2021, Minas aparece entre os três estados com a maior geração de vagas no Brasil.
Governo Zema: MG ultrapassa marca histórica de
1 milhão de empregos formais criados desde 2019 - 02
Considerando o período pós-pandemia, ou seja, a partir de maio de 2023, Minas é o segundo estado que mais gerou empregos, com acumulado de mais de 400 mil vagas, atrás apenas de São Paulo, com 1,185 milhão. O impacto das ações do governo está ligado ao investimento em formação profissional, com programas como o Minas Forma, da Sedese, e o Trilhas de Futuro, da Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG). Juntos, eles oferecem cursos gratuitos alinhados às demandas do mercado. Somente neste ano, serão mais de 8.300 vagas pelo Minas Forma, em parceria com Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MG) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-MG), abrangendo 105 municípios. Já pelo Trilhas de Futuro são 108 mil estudantes em formação que, em breve, estarão aptos a suprir a demanda por mão de obra qualificada. Desde sua criação, em 2021, o Governo de Minas investiu mais de R$ 1,5 bilhão no projeto, que já transformou a vida de milhares de famílias, formando aproximadamente 70 mil profissionais. Desde 2019, o estado busca simplificar seu ambiente de negócios, o que já atraiu quase R$ 500 bilhões em investimentos. A base dessa transformação foi a desburocratização promovida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG). O programa Minas Livre Para Crescer (MLPC) já impactou 560 municípios e isentou alvarás e licenças para 915 atividades, beneficiando quase 14 milhões de mineiros com um ambiente mais próspero para o empreendedorismo e a geração de empregos. O mercado aquecido é reconhecido por empresas.
Comentários