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Coluna Fatos e Versões com Rodrigo Silva Fernandes 05/09/2025

  • gazetadevarginhasi
  • 5 de set.
  • 8 min de leitura

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Família unida no mesmo sonho
Na gestão municipal passada de Verdi Melo, o secretário de Governo, Carlos Honório Ottoni Junior (Honorinho) foi sem dúvida um dos pilares da gestão, reconhecido como “homem forte” do governo por sua atuação dura, mas eficiente! Nesta gestão de Leonardo Ciacci, o poder antes concentrado em Honorinho foi diluído por outros secretários, como o titular da Administração e o (lento e ineficiente) da Secretaria de Planejamento, entre outros. Mas isso não significa que a Família Ottoni tenha perdido poder. Honorinho continua na Secretaria de Governo, pasta importante do Executivo. Além disso, outro Ottoni vem crescendo na “escala de poder” municipal, o vereador Dudu Ottoni que também muito destacou na gestão passada, caminha para ser candidato a deputado estadual. Concorrendo inclusive, com o ex-prefeito Verdi Melo, de quem foi líder de governo na Câmara na gestão passada. Dudu Ottoni e Honorinho são primos, ambos têm intensa atuação política, embora Honorinho tenha mais experiência e conexões com o mundo político e econômico. Além disso, o desejo que ambos têm de ser prefeito de Varginha em algum momento do futuro pode colocá-los em lados opostos quando menos se esperar. Se Dudu Ottoni tiver boa votação para deputado, pode se credenciar para candidato a prefeito em 2028. Já se Verdi Melo vencer as eleições em 2026, tem em Honorinho um ótimo nome para apoiar para o Executivo em 2028. Claro que tudo isso passa por um entendimento com o atual prefeito Leonardo Ciacci, que precisa realizar uma boa gestão para chegar em 2028 com prestígio próprio como gestor. Mas é uma realidade que, no futuro próximo, Ciacci poderia ter um “Ottoni de vice ou como concorrente”. E isso não é uma questão de “se vai acontecer, mas sim, de quando vai acontecer”.

Obras estratégicas
A Prefeitura de Varginha iniciou a segunda etapa da obra de asfaltamento da estrada rural que liga Varginha à Três Corações, passando pela comunidade rural da Flora, que pertence ao Município de Três Corações. A via tinha recebido melhorias e parte do asfaltamento na gestão passada com o objetivo de melhorar as condições de tráfego para o escoamento da produção agrícola da localidade. Agora recebe mais investimentos para garantir o crescente tráfego de veículos que passam pela região, muitos veículos desviando do pedágio com valor salgado e absurdo de R$ 15,00 na MGC 491, que liga Varginha a Três Corações. Todavia, o esforço de Varginha para melhorar a região e dar uma alternativa viária para quem deseja escoar produção agrícola, ou mesmo ir ao município vizinho de Três Corações, precisa também ser obra prioritária para o município de Três Corações. O prefeito Ciacci precisa se reunir com os prefeitos da região para tratar de parcerias necessárias. Com Três Corações, precisa garantir o asfaltamento de toda a via que liga Varginha a Três Corações, passando pela Flora. Com o município de Carmo da Cachoeira, precisa também debater o asfaltamento total da via rural que liga os municípios. Quem sabe com Carmo da Cachoeira e/ou Monsenhor Paulo, discutir a criação de um aterro sanitário intermunicipal que comporte receber o resíduo sólido das cidades integrantes do consórcio e resolver de vez este problema em Varginha. Vale lembrar que Ciacci é o presidente da Ambasp, associação de municípios que reúne todos os municípios que circundam Varginha. Logo, a ponte de conversa esta aberta para Ciacci, basta apenas ter iniciativa e projeto.

Números e planejamento desconhecidos
Qual o valor previsto para arrecadação com IPVA na cidade de Varginha em 2025? Qual a destinação deste recurso? Qual o projeto de planejamento futuro e estruturação do trânsito em Varginha? Teremos a construção de um anel rodoviário para desviar a circulação de veículos pesados do centro comercial de Varginha? Estas perguntas estão sem resposta pois, na verdade, embora Varginha tenha uma alta arrecadação com IPVA, boa parte dos recursos arrecadados são gastos com pavimentação de vias, o que não é errado, mas não basta. Afinal, sair asfaltado vias apenas para engordar as construtoras não parece produtivo para uma cidade sem planejamento viário e que pode sofrer ainda mais com problemas de trânsito e transporte coletivo nas próximas décadas. Varginha não possui programa eficiente de desenvolvimento do trânsito. Precisamos de um anel rodoviário, de uma regulamentação moderna para a criação de novos bairros e, principalmente, garantia das empreiteiras da eficiência do asfalto que vem sendo aplicado nas vias locais. Afinal, esta fortuna que vem sendo gasta agora com pavimentação precisa ter garantia de durabilidade de, no mínimo, 5 anos, como ocorre com diversas outras obras contratadas pela iniciativa privada.

ACIV e Abrasel protestam contra projeto que pode prejudicar setor de Hotelaria
O empresário e presidente da ACIV, André Yuki, esta liderando instituições do comércio e hotelaria contra a tramitação e aprovação do Projeto de Lei nº 3.788/25, atualmente em tramitação na ALMG. Yuki estará em BH para reunião no Palácio Tiradentes dia 08 setembro onde será debatido o projeto de lei. O projeto propõe alterações na definição e na forma de cobrança das diárias de hospedagem, o que, segundo as entidades, ignora práticas consolidadas e reconhecidas pelo setor hoteleiro em todo o país, além de já respaldadas por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). De acordo com André Yuki, a aprovação da proposta traria insegurança jurídica, desorganização operacional e impactos econômicos negativos para hotéis, pousadas e meios de hospedagem. “Os horários fixos de check-in e check-out — geralmente entrada às 14h e saída às 12h — são indispensáveis para garantir tempo hábil de higienização, manutenção e preparação dos quartos. Esse intervalo é fundamental para assegurar padrões de qualidade, segurança sanitária e conforto aos hóspedes”, destacou. O presidente reforça ainda, que a iniciativa legislativa ameaça a competitividade do turismo mineiro. “Esse projeto desconsidera a realidade operacional do setor e, se aprovado, pode encarecer custos, reduzir a disponibilidade de quartos e prejudicar diretamente a experiência dos visitantes. Nosso posicionamento é firme: precisamos de leis que fortaleçam o turismo, e não que comprometam sua sustentabilidade”, afirmou André Yuki.

ACIV e Abrasel protestam contra projeto que pode prejudicar setor de Hotelaria - 02
As entidades que representam o Comércio e a Hotelaria lembram que a Terceira Turma do STJ já reconheceu a legalidade da prática adotada pelos hotéis, entendendo que o intervalo entre a saída de um hóspede e a entrada de outro é parte essencial do serviço de hospedagem, não caracterizando obrigação de desconto proporcional. Além disso, a própria Lei Geral do Turismo (Lei nº 11.771/2008) estabelece que a diária corresponde à utilização da unidade habitacional e dos serviços incluídos em um período de 24 horas, dentro dos horários fixados pelo estabelecimento. A legislação ainda delega ao Ministério do Turismo a regulamentação dos procedimentos mínimos, considerando o tempo necessário para a limpeza e organização dos quartos. Apesar da divergência em relação ao texto do projeto, os representantes do setor reforçam que o consumidor não fica prejudicado. Mesmo após o check-out, é comum que hóspedes continuem tendo acesso a áreas comuns como piscinas, restaurantes e guarda-volumes, além de alternativas já consolidadas, como o serviço de day use.
A ACIV, Abrasel e SEHAV, que representam o setor em Varginha já acinonaram parlamentares estaduais contra a aprovação do projeto 3.788/25. A medida não diz respeito apenas à defesa dos empresários, mas também à preservação da racionalidade legislativa, da segurança jurídica e da sustentabilidade do turismo em Minas Gerais. As entidades também conclamam outras associações, sindicatos e instituições representativas da hotelaria e do turismo a se unirem nessa manifestação contrária ao projeto.

Pinga Fogo
O Governo Municipal não disse que havia conversado com os produtores rurais e planejado o Novo Mercado do Produtor para atender todas as demandas do setor? Como pode depois de gastar mais de R$ 22 milhões de dinheiro público, o Governo descobrir que fez uma obra “inadequada para atender aos produtores” e querer gastar mais dinheiro público?
O presidente da Câmara, Marquinho da Cooperativa, voltou a dizer que pretende construir um novo prédio para sede do Legislativo municipal, o que vai gastar muitos milhões de reais dos cofres públicos. Será que não temos obras mais prioritárias? Quem dos milhares de contribuintes varginhenses não trocaria a “nova sede da Câmara por duas novas escolas ou duas novas unidades básicas de saúde”?

Vida Pública x Vida Privada
O empresário e produtor rural Renato Rezende Paiva realmente esta desiludido do mundo político! Embora seja um líder classista reconhecido e um bom gestor, Renato Paiva deixou a política há alguns anos tendo em vista a traição dos políticos mais próximos a época. Bem como, a falta de comprometimento do eleitor, que costuma escolher mau seus representantes no Poder Público. Mesmo afastado das urnas, Renato Paiva ainda é muito procurado por políticos e aconselha muitas pessoas poderosas do mundo político. O empresário tem acesso a líderes estaduais e nacionais do mundo político e empresarial, que vez por outra, tentam trazer Renato de volta à política, mas o empresário não pensa em colocar seu nome a disposição como fez no passado. Ocorre que a política tem desgastes enormes, principalmente para quem tem boa fé, e precisa pagar pelos erros de quem não tem. Ademais, Renato Paiva, na vida privada e associativa, já provou que administra bem, tem credibilidade e boas obras em prol do setor que pertence. A cafeicultura regional deve muito a empreendedores como Renato Paiva. O governo municipal já escutou muito o empresário e a gestão Ciacci, seja por meio de interlocutores ou pelo próprio prefeito, já seguiram conselhos de Renato Paiva e foram bem sucedidos. Embora estejam comprovados o trabalho e competência de Paiva e sua ação efetiva no sucesso do mundo cooperativo e cafeicultura regional, seu sucesso na vida privada parecem apenas provar duas coisas: Varginha errou ao não escolher o empresário no passado e, se depender de Paiva, não terá outra chance de vê-lo no comando do Executivo municipal.

Mineradora Australiana consegue licença para explorar terras raras e vai investir no Sul de Minas
A mineradora australiana Meteoric Resources conseguiu a licença ambiental para testar amostras de terras raras e validar os processos de exploração desses minerais no Sul de Minas. A licença, concedida no dia 29 de agosto pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), tem validade de dez anos e é a primeira do tipo emitida em Minas Gerais para esse fim específico. As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos metálicos cruciais para a transição energética e o avanço de novas tecnologias. Eles são componentes indispensáveis na fabricação de uma vasta gama de produtos de alta tecnologia, incluindo super imas, computadores, smartphones, equipamentos médicos e odontológicos de precisão, motores para veículos elétricos e geradores de energia eólica. Sua importância estratégica é global, uma questão de relevância geopolítica e econômica. Alias, uma das principais razões para as disputas comerciais entre China (grande produtora de terras raras) e os EUA que precisam do insumo para suas empresas de tecnologia. A concessão desta licença à Meteoric representa um marco significativo para o setor mineral brasileiro, posicionando Minas Gerais como um potencial player no competitivo mercado global de terras raras. A região de Poços de Caldas é o local com a maior concentração de terras raras no Estado e já vem recebendo investimentos que podem chegar a R$ 10 bilhões na próxima década. A autorização para pesquisas, que vale por uma década, permitirá à empresa realizar estudos detalhados para confirmar a viabilidade econômica da jazida e desenvolver métodos de extração que minimizem os impactos ambientais, um ponto sensível na mineração desses elementos. Este projeto, se bem-sucedido, tem o potencial de atrair investimentos substanciais para a região, impulsionar o desenvolvimento econômico local e diversificar a matriz de mineração do estado, tradicionalmente focada em ferro e ouro.

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