Coluna Fatos e Versões com Rodrigo Silva Fernandes -23/04/2025
gazetadevarginhasi
23 de abr.
7 min de leitura
Resultados?
O Secretário Municipal de Planejamento, Ronaldo Lima Junior, tem sido alvo da reclamação de diversos empreendedores que estão com projetos parados na Secretaria Municipal de Planejamento. Ronaldo Junior já passou por outras pastas no Executivo municipal e foi secretário durante toda gestão passada de Verdi Melo, sabe bem como funcionam as coisas no governo; é preciso entregar resultados e evitar brigas desnecessárias. Mas parece que o titular da pasta não tem seguido as regras. Os investimentos parados na secretaria envolvem novos loteamentos, ampliações e outros projetos que somam milhões de reais em aportes na economia local, com a criação de vagas de emprego e mais impostos para o município, mas continuam na gaveta! O prefeito Leonardo Ciacci já foi questionado do porquê da demora na burocrática secretaria municipal de Planejamento! Uma hora a pressão vai fazer o secretário trabalhar como deve ou vai fazer com que os empreendimentos sejam desviados para outras cidades onde a secretaria de Planejamento funcione!
Mobilidade
As muitas obras de mobilidade urbana, pavimentação de vias, criação de novas ruas e avenidas vem dando outra cara para Varginha. O trânsito parece estar fluindo mais e mais rápido, mas ainda assim, algumas regiões da cidade precisam de mais vagas de estacionamento. Este problema de estacionamento não parece ter fim com as vias existentes na região central “antiga da cidade”, visto que as ruas e avenidas são finas e não comportam estacionamento dos dois lados. No Plano Diretor da cidade deveríamos estabelecer como padrão ruas maiores, mais largas em todos os bairros, bem como estimular a construção de estacionamentos subterrâneos como acontece nas grandes cidades. Este parece ser um caminho sem volta, mas é claro que tudo isso envolve muito planejamento urbano, o que parece Varginha não possuir neste momento!
Mobilidade 02
Uma das ideias deste governo, que também foi buscada pelos governos municipais passados, foi a construção de um anel rodoviário para Varginha. Uma via que utilizasse a Av. Celina Ottoni, Av. Do Contorno e a criação de outras vias para permitir que veículos pesados, bem como mercadorias, pudessem transitar mais rapidamente pela cidade e garantir mais fluidez e segurança no trânsito. O prefeito Ciacci tem este projeto em mãos, que já havia sido estudado e estruturado pelo ex-prefeito Vérdi Melo. Mas parece que agora, depois da grande transformação do trânsito provocada pela recuperação e ampliação das vias e criação de novas avenidas, Varginha está bem perto de possuir mesmo um anel rodoviário, que poderá estar pronto ao final deste governo. Isso se tudo der certo em relação a desapropriações e contratações. A conferir.
Em 2026!
As eleições de 2026 já começaram nos bastidores da política local, mas para alguns pré-candidatos previstos para o ano que vem, parece que a eleição já começou na prática. Temos deputados atuando firmes como “influencer e blogueiros” dando notícias todos os dias nas redes sociais e apresentando o “resultado dos trabalhos, ou realizações de recursos de emendas”. A prática não é crime, mas não deixa de ser uma campanha antecipada, que não pode ser realizada por quem não está no Legislativo. Ou seja, deixa o candidato que está chegando agora em situação de desvantagem! Mas tem sempre um jeito para tudo, ainda mais no Brasil! Vejam que pela cidade já vemos outdoors com foto do ex-prefeito Vérdi Melo, apontado como candidato a deputado estadual em 2026. Mas ele não está pedindo votos nem falando de obras realizadas, ele está parabenizando os contadores de Varginha e região pelo Dia do Contabilista! Isso também pode! Não é campanha publicitária eleitoral, segundo a justiça eleitoral, mesmo que não se saiba da última vez que Verdi Melo tenha feito campanha tão ostensiva assim para parabenizar sua classe! Não duvido vermos em breve pela cidade outras propagandas pelo Dia do Advogado, do Professor ou mesmo parabenizações pelo dia da cidade, ou mesmo Dia do Trabalhador que está chegando. Afinal, o que não falta em Varginha é gente querendo ser deputado em 2026.
Gustavo Chalfun recebe
Grande Medalha da Inconfidência
No último feriado de 21 de abril, o presidente da OAB/MG e advogado de Varginha, Dr. Gustavo Chalfun recebeu a Grande Medalha da Inconfidência, a mais alta honraria concedida pelo Governo de Minas Gerais. A cerimônia foi realizada em Ouro Preto, em meio às celebrações do feriado de Tiradentes, evento tradicional realizado pelo Governo de Minas todo dia 21 de abril. O Dr. Chalfun recebeu a medalha das mãos do governador Romeu Zema, em um momento de grande simbolismo e reconhecimento pelo seu trabalho em prol da advocacia mineira e do fortalecimento da cidadania. A entrega das medalhas mantém viva uma das mais importantes tradições de Minas Gerais, homenageando aqueles que se destacam por suas contribuições ao desenvolvimento do estado. A homenagem ao advogado Gustavo Chalfun é um reconhecimento ao seu trabalho firme e comprometido na advocacia e na liderança da OAB/MG. Um advogado que veio do interior para a Presidência da OAB/MG.
Pinga fogo
Será que a contratação por meio de serviços terceirizados ou por CNPJ não poderiam reduzir os gastos previstos para a contratação de mais centenas de servidores públicos estatutários no concurso previsto para este ano na Prefeitura de Varginha?
Será que passadas as eleições municipais o Partido dos Trabalhadores de Varginha pacificou sua militância ou estão apenas esperando chegar a próxima eleição para continuarem as brigas e afundar ainda mais a legenda na cidade?
E quanto aos muitos outros partidos que estão com pendências a resolver na Justiça Eleitoral, será que resolveram as pendências, prestaram contas e estão ajudando os muitos candidatos que entraram de gaiato na eleição e agora amargam problemas com a Justiça eleitoral?
O satisfeito e endinheirado mundo da cafeicultura vai, novamente, apoiar candidatos a deputado dando recursos e financiando campanhas políticas na região? Será que este clima de “chamejo e proximidade de alguns deputados com o setor” tem razão de ser? Afinal, dos muitos parlamentares que rondam o setor, contam nos dedos os que são cafeicultores!
Dirigentes de entidades empresariais debatem impactos do fim da escala 6×1
Em evento realizado na quarta-feira passada (16/04), os presidentes das principais federações do setor produtivo mineiro debateram os impactos do fim da escala 6×1 sobre a produtividade e a competitividade do Brasil – a medida está em discussão no Congresso Nacional por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Realizado no Teatro SESIMINAS, o encontro reuniu lideranças empresariais, especialistas e o economista José Pastore, que participou por videoconferência. A mediação foi feita pela jornalista Helenice Laguardia. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, alertou que a proposta de redução da jornada representa um “péssimo negócio para a sociedade”. Ele destacou os dados de uma pesquisa divulgada no evento, segundo a qual boa parte da população já reconhece que não há “almoço grátis” quando se trata de reduzir a jornada sem perda salarial. “Já há uma conscientização de que essa medida pode gerar efeitos negativos. Cabe a nós, empresários, esclarecer a população, porque poucos políticos terão coragem de dizer a verdade”, afirmou. Roscoe ressaltou ainda que o Brasil já trabalha menos que países de mesmo nível de industrialização, como os Estados Unidos, que têm produtividade cinco vezes maior. “Se essa PEC for aprovada, não haverá retorno. Precisamos de engajamento agora. Depois, será tarde demais”, disse
Dirigentes de entidades empresariais debatem impactos do fim da escala 6×1 – Parte 02
Pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), o vice-presidente Renato Laguardia destacou os impactos específicos sobre o setor agrário. “A vaca não sabe que é domingo. Atividades como produção de leite, suinocultura e avicultura não param. Estimamos aumento de até 80% nos custos em algumas cadeias produtivas”, explicou. Segundo ele, a medida pode afetar drasticamente a competitividade do setor e gerar inflação. “Quem vai pagar a conta é o consumidor na ponta, e isso precisa ser comunicado com clareza à população e aos nossos parlamentares”. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcelo Souza e Silva, também criticou a proposta. “A maioria dos setores já opera com menos de 44 horas semanais. O que precisamos é de políticas que incentivem a produtividade, não de imposições que desorganizam a produção”. Ele enfatizou que micro e pequenas empresas, que representam 85% dos negócios no país, seriam as mais afetadas.
Dirigentes de entidades empresariais debatem impactos do fim da escala 6×1 – Parte 03
Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Cledorvino Belini, o cenário atual já é desafiador para atrair investimentos, e a PEC só tende a piorar esse quadro. “As empresas olham para onde há mercado e custo competitivo. Hoje, vemos investimentos migrando para Argentina, Paraguai e Uruguai. Isso inibe o capital produtivo no Brasil”. O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-MG), Frank Sinatra Santos Chaves, defendeu uma mobilização ampla do setor produtivo. “Estamos falando de uma PEC que pode causar um prejuízo de até R$ 2,6 bilhões por dia só em Minas Gerais. É uma destruição para os nossos negócios. A gente não pode abrir mão de trabalhar. O país precisa de quem produz, não de mais obstáculos”, disse. Representando a Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais (Federaminas), o presidente Valmir Rodrigues afirmou que há falta de aprofundamento no debate público. “As pessoas escutam, mas não processam. O Brasil discute esse tema de forma populista, pensando só em quantidade de horas e não nos efeitos reais”. O presidente do Centro Industrial e Empresarial de Minas Gerais (CIEMG), Fausto Varela Cançado, reforçou a necessidade de conscientização. “A pesquisa mostra que muitos ainda não compreendem os impactos dessa mudança. A proposta tem apelo social, mas vai gerar queda de produtividade, menor competitividade e prejudicar justamente aqueles que hoje acham que serão beneficiados”.
Dirigentes de entidades empresariais debatem impactos do fim da escala 6×1 – Parte 04
Ronaldo Scucato, presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Sistema Ocemg), defendeu que qualquer mudança nesse porte precisa vir acompanhada de educação e planejamento. “Países que reduziram a jornada levaram 15 anos, e aqui querem fazer de supetão. Isso é um tsunami para quem emprega e para os trabalhadores também”. A diretora da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg), Juliana Vieira Martins, pontuou o impacto direto para o setor. “Estamos lidando com um passivo enorme gerado por decisões unilaterais. O que precisamos é ser ouvidos. Mudanças dessa magnitude não podem ser feitas por canetada. Precisamos participar da construção das soluções”. O evento contou ainda com participação remota do economista e professor José Pastore, que explicou os efeitos econômicos e jurídicos da proposta. Segundo ele, a redução da jornada de 44 para 36 horas, com manutenção dos salários e dias de folga ampliados, representa um aumento de 22% no custo por hora para as empresas e pode provocar queda superior a 6% no PIB no primeiro ano de vigência. Pastore também contestou os argumentos apresentados na justificativa da PEC. “A produtividade não aumenta por decreto. Países que testam semanas de 4 dias fazem isso de forma negociada e em setores específicos. Aqui se propõe uma mudança radical para toda a economia, com impactos severos no emprego, nas finanças públicas e na competitividade do Brasil”.
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