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Coluna Fatos e Versões com Rodrigo Silva Fernandes 20/08/2025

  • gazetadevarginhasi
  • 20 de ago.
  • 8 min de leitura
Reprodução
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Incompetência ou favorecimento?
A Câmara Municipal de Varginha realizou no mês passado sessão extraordinária para votar e aprovar dois projetos de lei enviados pelo Executivo Municipal, ambos em regime de urgência e voltados à criação de condições legais e urbanísticas para novos empreendimentos de habitação popular. O primeiro projeto aprovado autoriza a desafetação de imóvel público localizado no Loteamento Parque das Grevíleas, permitindo que a área — anteriormente classificada como de uso especial (área verde) — possa ter nova destinação compatível com o interesse público, conforme as diretrizes do planejamento urbano do município. Com a alteração, o município poderá utilizar o terreno em ações futuras voltadas à habitação social, garantindo viabilidade técnica para a instalação de projetos em parceria com instituições públicas ou privadas. O segundo projeto aprovado altera o zoneamento urbano de quatro áreas específicas para a classificação de Zona Especial de Interesse Social (ZEIS), conforme o Plano Diretor de Varginha (Lei Complementar n° 09/2020). Essa mudança é fundamental para a implementação de políticas públicas de habitação popular, direcionadas à população de baixa renda. As áreas contempladas estão localizadas no Parque das Grevíleas e no Bairro Jardim Primavera. Com a nova classificação, os terrenos passam a integrar o zoneamento ZEIS, o que permite seu uso em programas habitacionais de interesse social, com apoio da Caixa Econômica Federal, conforme os princípios do desenvolvimento urbano sustentável.

Incompetência ou favorecimento? - 02
A Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Varginha possui vários pedidos de novos investimentos para a criação de loteamentos, mudanças e ampliações na área urbana da cidade, como os aprovados a toque de caixa recentemente na Câmara. Contudo nem todos os projetos caminham na mesma velocidade! É necessário dizer que todos estes projetos urbanos são investimentos que envolvem alguns milhões e garantem mais empregos e contratações que vão impulsionar áreas como a construção civil e venda de materiais de construção, por exemplo. Ou seja, tratam-se de bons investimentos que precisam contar com a eficiência da Secretaria Municipal de Planejamento. Todavia não é o que se observa. Aliás, a ineficiência da Secretaria de Planejamento em Varginha já chama a atenção de empreendedores que não veem segurança jurídica na atuação da Prefeitura, na medida em que a mesma lei parece ser usada para beneficiar uns poucos e prejudicar outros tantos. Seria favorecimento, incompetência ou perseguição? Não se sabe! Certo mesmo é que existe a necessidade de observância da legislação e cumprimento de regras ambientais e ao Plano Diretor da cidade, todavia, tais análises técnicas não duram anos, já que se veem loteamentos sendo aprovados de forma rápida e outros presos às “amarras da burocracia”. O prefeito Leonardo Ciacci, desconhecedor do tema, pouco opina, afinal é refém de sua equipe e não tem em seu perfil o pulso firme de cobrar prazos e entregas da equipe, como ocorria com os seus antecessores no comando da cidade. O resultado disso é que empreendedores e construtoras já repensam os investimentos em Varginha. Alguns outros argumentam que, talvez, seja preciso “negociar com a Secretaria de Planejamento, conversa que ganha força nos bastidores com a diferença de tratamento verificada na pasta”. Será que os boatos são mesmo verdade? Se assim for, devemos chamar o Governo Ciacci de Governo Corujinha 2?

Vem desculpar-se ou receber cobranças?
Amanhã, dia 21 de agosto, Varginha será palco de um importante momento para a cultura e o turismo do Sul de Minas. A cidade receberá o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, que participará de uma série de atividades com empresários e lideranças políticas da região. A realização deste evento em Varginha reforça a relevância do município no cenário estadual. Conhecida mundialmente como a “cidade do ET”, a cidade também integra o Lago de Furnas – o “Mar de Minas” – e conta com infraestrutura estratégica, como aeroporto com pista para voos regionais e nacionais, porto seco para exportações e uma economia forte, baseada na produção de café e na indústria. Ou seja, Varginha possui estrutura para liderar e impulsionar a cadeia do Turismo local e regional, basta para isso que o secretário Leônidas Oliveira e sua equipe façam sua parte. Todavia, projetos importantes como o tombamento e conservação do antigo Cine Rio Branco foram esquecidos por Leônidas, sem falar no projeto de restabelecer a linha férrea na cidade, o que seria um ganho para o turismo e a economia, todavia também esquecido em alguma gaveta da Secretaria Estadual de Turismo. Varginha luta sozinha para tentar manter sua conexão área com Belo Horizonte, bem como ampliar a malha aérea sem qualquer ajuda significativa da Secretaria Estadual de Cultura. De igual forma, o Carnaval da região, nossa gastronomia saborosa, nosso café que gera riquezas para Minas não viu até aqui qualquer contribuição significativa do trabalho de Leônidas Oliveira e sua equipe. Será que o secretário estadual veio a Varginha para desculpar-se por esta falta de apoio com a região ou para ser cobrado pelas autoridades e instituições regionais? A conferir

Depois de confirmada fraude nas eleições, Justiça eleitoral vai definir nova configuração do
Legislativo de Varginha
O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) manteve a cassação dos mandatos dos vereadores Dr. Fernando Guedes e Dr. Lucas, ambos do Partido da Renovação Democrática (PRD), eleitos no pleito municipal de 2024. A decisão, que ocorreu na última quinta-feira (14/08), rejeitou um Recurso Especial Eleitoral e um Embargo de Declaração apresentados pelo vereador Dr. Fernando Guedes, confirmando a anulação da votação do partido por fraude à cota de gênero. A ação que resultou na perda dos mandatos foi movida pelo então candidato a vereador Cássio Chiodi (Solidariedade) em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais. A motivação do processo foi o questionamento da candidatura de Juliana Ferreira da Silva (PRD), que, segundo as alegações, não cumpriu os requisitos mínimos de campanha, como a ausência de votos e a falta de participação em atos de campanha. Com a sentença, o juiz eleitoral de Varginha considerou que a candidatura de Juliana se tratava de uma manobra para atender artificialmente a cota mínima de 30% de candidaturas femininas. A decisão judicial determinou a anulação de todos os votos do PRD, incluindo os votos nominais, e decretou a inelegibilidade de Juliana Ferreira da Silva por oito anos. Segundo o TRE-MG, a decisão é definitiva, o que significa que não cabem mais recursos. Como resultado, os diplomas dos vereadores e suplentes do PRD foram cassados e os votos recebidos pelo partido, anulados. A definição dos novos vereadores está agendada para a próxima sexta-feira (22/08), quando o Cartório Eleitoral realizará o reprocessamento e a retotalização dos votos. Representantes do Ministério Público Eleitoral, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de partidos políticos foram convocados na última segunda-feira (18/08) para acompanhar o procedimento. Embora ainda não haja uma confirmação oficial, especulações indicam que Cássio Chiodi (Solidariedade) e Miguel da Saúde (PSD) possam ocupar as duas vagas na Câmara Municipal.

Depois de confirmada fraude nas eleições,
Justiça eleitoral vai definir nova configuração do
Legislativo de Varginha – 02
Com a mudança esperada na configuração política da Câmara, por decisão da Justiça, o equilíbrio de forças muda no Legislativo. O partido do prefeito Leonardo Ciacci, o PSD, poderá ganhar mais uma cadeira. Miguel da Saúde poderá fortalecer ainda mais a base de apoio do governo. Curiosamente, Miguel despontou na política nos governos do PT, e hoje é um aliado leal ao governo Ciacci. Assumindo a cadeira na Câmara, deverá fortalecer ainda mais seus laços com o governo. Já o Solidariedade terá um nome novo no cenário político local ocupando vaga na Câmara. Cassio Chiodi é servidor público estadual, integrante do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Chiodi conhece o meio parlamentar porque seu pai é vereador em Belo Horizonte, ou seja, não será um estranho no ninho legislativo. Mas certamente Cassio Chiodi vai procurar se encaixar na “configuração política de independente. Isso vai facilitar negociações futuras com o governo e a oposição, mesmo porque, o provável futuro vereador tem pensamentos e projetos que o aproximam e afastam da oposição e do governo. Sabe-se que interlocutores do Governo Ciacci já “fizeram acenos aos dois futuros novos vereadores”, mas ainda não se sabe exatamente qual será a identificação política dos futuros empossados, que aliás, deve ser breve.

Depois de confirmada fraude nas eleições, Justiça
eleitoral vai definir nova configuração do
Legislativo de Varginha – 03
Quanto aos ainda atuais vereadores e médicos Dr. Lucas e Dr. Fernando Guedes, integrantes da base governista, não está descartada a possibilidade de que assumam cargos públicos no governo Ciacci. Tudo ainda está sendo estudado, afinal, o prefeito Ciacci tem “outras faturas maiores ainda não quitadas a resolver”. Mas Ciacci sabe que precisou do apoio de Guedes e Lucas no passado e pode precisar no futuro, afinal, os dois têm votos, embora tenham sido desconsiderados pela Justiça Eleitoral por uma “patetada que a Justiça identificou como fraude”. A própria Câmara teria condições de se reorganizar politicamente depois da mudança judicial, mas parece que todas as articulações que envolvem os bastidores políticos da mudança estão sendo mais planejados no Executivo que no Legislativo, alvo das mudanças. A Câmara que na legislatura passada se dividia em dois grupos políticos claros, hoje se mostra como uma “mancha política onde não se consegue identificar claramente quem realmente é Governo e quem realmente terá coragem de ser oposição no ano que vem, quando teremos eleições”. Parece que a divisão atualmente não está na Câmara, mas sim na Prefeitura de Varginha, onde temos um grupo que “atua por conta própria e se diz leal a Ciacci e outro grupo que tem saudades de Verdi Melo e parece mais próximo do ex-prefeito que do atual”. Se a condução da Câmara parece caminhar de cabeça baixa, na Prefeitura de Varginha parece que temos um bate cabeça entre os principais cargos estratégicos. Vejam que a similaridade dos poderes está na condição que em ambas as casas o presidente e o prefeito “ao invés de bater na mesa, acatam direcionamentos de outros cargos inferiores”.

Criatividade e parceria esportiva
A região do Aeroporto de Varginha recebeu mais de 1.100 corredores no último fim de semana. A Letx.Run Airport reuniu atletas num evento inédito que teve como percurso o aeroporto de Varginha e o Porto Seco. Essa foi a primeira vez que uma prova de rua foi realizada dentro da área aeroportuária da cidade, com apoio da Prefeitura de Varginha e do Porto Seco. O trajeto de 10 km passou por estruturas logísticas importantes do município. A competição foi organizada nas categorias Elite, Geral e Faixa Etária. A realização do evento mostra que é possível a participação da sociedade em eventos inteligentes e que reúnam poder público e iniciativa privada em projetos sociais saudáveis e que agregam a coletividade. Outros eventos podem ser desenvolvidos, cabe a Secretaria Municipal de Esportes, em parceria com empresas e instituições locais, liderar esforços para descobrir novas oportunidades.

Na estrada, também...
O vereador Dudu Ottoni está levando a sério os esforços do seu partido, o Avante, para lança-lo candidato a deputado estadual. O jovem vereador tem uma longa relação de ações em prol da cidade e possui plenas condições de bem representar a cidade na Assembleia Legislativa, da forma como vem fazendo na Câmara de Varginha. Todavia, a disputa eleitoral não é tão fácil assim. Dudu Ottoni precisa vencer resistência em Varginha, onde existem forças que trabalham em favor de outros nomes. Além disso, no próprio governo Ciacci, a quem Dudu Ottoni é leal, existem “enciumados que veem o parlamentar pelas costas”. Sem falar que os gastos de uma campanha eleitoral de âmbito estadual são muito altos. Sim, a campanha de deputado estadual envolve, necessariamente, gastos no mínimo regionais. Afinal, embora Dudu Ottoni tenha condições de ter boa votação em Varginha, apenas nossa cidade não consegue garantir votos para elegê-lo. Mesmo sabendo que Varginha tem cerca de 100 mil votos (em tese capaz de eleger dois deputados estaduais), é certo que teremos outros candidatos locais disputando e milhares de pessoas não votam ou votam nulo/branco, infelizmente.

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