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Coluna Fatos e Versões com Rodrigo Silva Fernandes 30/07/2025

  • gazetadevarginhasi
  • 30 de jul.
  • 8 min de leitura

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Do Sucesso ao sufoco
O governo Ciacci está vivenciando um problema que promete crescer caso o governo não trabalhe rápido. Trata-se de obras importantes e com grande retorno popular, que quando lançadas no passado recente trouxeram grande retorno político (votos) para Ciacci em 2024, mas com o andar da carruagem podem tirar votos de Verdi em 2026 e ainda prejudicar a imagem de Ciacci nos próximos pleitos. A primeira destas obras é o novo Mercado do Produtor. O projeto parece que foi realizado às pressas e não contou com o planejamento prévio da então gestão Verdi/Ciacci. Isso porque o governo realizou a obra gastando valor bem maior que o anunciado no contrato inicial de licitação. Depois disso, a obra foi inaugurada antes de terminada, a fim de favorecer a eleição de Ciacci. Estamos iniciando o oitavo mês da Gestão Ciacci e a obra ainda não foi entregue aos produtores/agricultores. Fontes da coluna informam que a Prefeitura de Varginha não tem como gerenciar a estrutura, não tem expertise e condição legal para tal. Além disso, o processo de terceirização do espaço pela Prefeitura de Varginha, patina para sair porque um eventual gestor privado teria que locar o espaço a produtores médios e grandes e a preços de mercado. Ou seja, o novo Mercado do Produtor, prometido pelo governo passado para abrigar os pequenos produtores da agricultura familiar, com preços subsidiados, não pode se tornar realidade. E o governo não sabe como resolver o problema! Com isso, o novo Mercado do Produtor está parado enquanto dezenas de pequenos produtores estão espremidos no velho mercado a poucos metros do elefante branco, quero dizer, novo Mercado do Produtor! Sem falar que a conclusão da obra da Av. Sanitária fica prejudicada, pois o projeto inicial era demolir o velho Mercado do Produtor para construir uma grande rotatória para melhorar o trânsito do local. Até quando o Governo Ciacci vai conseguir esconder este problemão?

Do Sucesso ao sufoco – 02
Outra obra importante herdada por Ciacci da gestão Verdi Melo, que está emperrada, é a obra de revitalização do Centro de Educação no Rio Branco. A obra foi aclamada por todos quando o então prefeito Vérdi Melo comprou o espaço prometendo uma revitalização do prédio, o que iria preservar o local e ainda garantir um grande centro de eventos para o município no centro da cidade. Contudo, mesmo gastando pequenas fortunas em reparo do telhado, projeto arquitetônico etc, a obra não deslancha e não se tem data certa para que o Rio Branco seja devolvido à população depois de décadas de abandono. A obra é icônica e significa muito para a cidade por seu valor cultural, histórico e até político depois de tudo que já envolveu. Quando o ex-prefeito Vérdi Melo passou o governo para Ciacci, a propaganda anunciada ao povo era de que a obra seria entregue rápido e já estamos a oito meses da nova gestão sem nenhum prognóstico de quando o Centro de Eventos Educacional do Rio Branco será entregue! Podem anotar aí, se o espaço não for entregue até o primeiro semestre de 2026, certamente a oposição política do governo vai apontar a obra como o “ginásio do Melãozinho da gestão Verdi Melo a fim de cobrar o preço político nas eleições de 2026, quando Verdi será candidato”.

Do Sucesso ao sufoco – 03
Na esteira das “heranças benditas deixadas por Verdi a Ciacci, que podem se tornar malditas” está também o antigo imóvel do Varginha Tênis Clube – VTC. O local é enorme e possui muitas coisas a serem realizadas, pode abrigar inúmeros projetos, mas nada se fala sobre isso! Talvez porque o governo Ciacci esteja perdido com o que fazer no local, ou esteja atrasado no planejamento do que fazer com o espaço, a fim de não cometer o mesmo erro realizado com o novo Mercado do Produtor. Fato é que o antigo VTC precisa abrigar um projeto novo e arrojado que possa marcar o sucesso administrativo da gestão Ciacci ou a incompetência do governo que herdou bênçãos e as transformou em maldições. O espaço pertence ao Governo de Minas, que entregou a gestão do espaço para a Prefeitura de Varginha por 30 anos. O comodato do local foi conquistado pela gestão passada de Verdi Melo, que prometeu estar resolvendo um problema antigo do centro da cidade. O VTC agonizava sem recursos para manutenção e agora está parado sem um projeto de futuro. O governo Ciacci precisa encontrar um destino para o antigo VTC. Uma destinação que garanta ao Município a possibilidade legal e facilidade de gestão, bem como um baixo investimento, visto que o imóvel não é da Prefeitura, mas um comodato. Nos bastidores existem muitos palpites, mas nada concreto que possa ser apresentado pelo governo. Ou seja, o antigo prédio do VTC, se continuar sem projeto de destinação como esta, pode também ser apresentado à população, pela oposição do governo Ciacci, como mais um “ginásio do Melãozinho ou Memorial do ET da gestão Verdi que foi deixada para a atual gestão gastar recursos públicos sem nenhuma contrapartida para a população”. Será que o governo Ciacci vai cair nesta armadilha?

Trânsito violento, sem planejamento ou fiscalização
Uma criança de 10 anos morreu após ser atropelada na tarde de sexta-feira (25/07) no bairro Jardim Ribeiro, em Varginha. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a criança foi encontrada em estado grave, com parada cardiorrespiratória e traumatismo craniano. Após os esforços de reanimação a criança foi levada para o Hospital Bom Pastor, vindo a falecer no sábado (26/07). Este trágico incidente é o terceiro caso grave de atropelamento registrado em Varginha em quarenta dias. No dia 1° de julho, outra criança foi atropelada enquanto atravessava uma faixa de pedestres. Pouco antes, em 20 de junho, uma mulher, de 36 anos, foi vítima fatal de um motorista que trafegava em alta velocidade, também em uma faixa de pedestres. A vítima chegou a ser internada em coma profundo no Hospital Regional, mas veio a falecer quatro dias após o acidente. A sequência de tragédias revela um preocupante cenário de insegurança viária na cidade. Moradores e especialistas apontam a falta de fiscalização eficiente e a necessidade urgente de medidas preventivas, como implantação de redutores de velocidade, melhoria na sinalização e campanhas educativas mais intensivas. E tais fatos acontecem num momento em que o Município gasta altas somas com a Guarda Municipal, que tem efetivo preparado e exclusivo para o trânsito, bem como diante de uma maior interação entre Polícia Militar e Guarda Municipal, que deveriam melhorar as ações de fiscalização e punição para motoristas irresponsáveis. Além disso, a estrutura de trânsito em Varginha precisa focar na vida dos pedestres e não apenas no fluxo de veículos. Sem falar que o Departamento Municipal de Trânsito – Demutran, parece um “puxadinho do governo para atender pedidos políticos, com atendimento de pedidos de vereadores e amigos do poder, sem respeito a critérios técnicos”.

Paliativo
Depois de aumentar o já salgado pedágio da Rodovia MGC 491, a EPR Vias do Café fez um paliativo com pavimentação asfáltica entre os quilômetros 245 e 246, sobre a ponte do Rio Verde, em Varginha. A obra foi realizada neste sábado (26/07), de forma emergencial para reparo no pavimento, visto que a obra de duplicação da ponte para concluir a duplicação da estrada está prevista apenas para 2028. A coluna tem dito que a EPR precisa ser pressionada a antecipar as obras principais da via, como a conclusão da duplicação e construção da trincheira na entrada de Varginha. Mas se depender da empresa não haverá antecipação de nada, mesmo com o alto pedágio imposto ao motorista que passa pelo local. A classe política regional precisa deixar de brigar por cargos e somar fileiras, juntos, governo e oposição, para conseguir que a EPR conclua logo as obras principais da MGC 491, que vai até São Sebastião do Paraíso e vem arrecadando milhões que são retidos da economia mineira, prejudicando o desenvolvimento da região. É preciso que tenhamos boas estradas, mas acima de tudo é preciso que os valores cobrados e o cronograma dos investimentos pela empresa concessionária sejam justos!

Crescendo e arrastando
O Via Café divulgou os números do primeiro semestre de 2025, onde registrou vendas de R$ 150 milhões, crescendo 6% em relação ao mesmo período de 2024. O Via Café mostra claramente que vem crescendo com robustez entre os muitos shoppings do interior do Brasil é destaque em Minas. Diversas promoções de marketing e inaugurações de novas lojas estão previstas para este segundo semestre, o que mostra o aquecimento do mercado e confiança dos lojistas e boa administração do Via Café. Contudo, o grupo empresarial que controla o Via Café e outros shoppings pelo Brasil ainda amarga dívidas e negociações judiciais com credores. O Via Café é modelo de vendas entre os empreendimentos do grupo, tanto assim que os lucros gerados em Varginha estão indo para cobrir prejuízos de outros empreendimentos. Nada que comprometa o rotineiro funcionamento do Via Café. Mas é frustrante para os dedicados lojistas de Varginha, bem como para a equipe do Via Café, ver que os lucros gerados na região são drenados para socorrer outros empreendimentos do grupo que não tem a mesma eficiência do Via Café!

Acompanhamento e fiscalização
A Câmara de Varginha, nesta legislação, tem se mostrado atenta e rápida para analisar projetos importantes e de interesse social. O entrosamento entre o Executivo e Legislativo tem facilitado a análise e votação rápida de projetos, mesmo com duas votações em alguns casos e dispensa dos interstícios legais, a fim de agilizar o processo burocrático das matérias. Este tipo de atuação já aconteceu em alguns momentos no passado, mas o Legislativo naquelas épocas, pecava por não acompanhar os projetos aprovados e fiscalizar prazos, entregas e resultados prometidos. Aprovar a construção de novas casas populares é bom, mas fiscalizar se elas realmente serão construídas no valor regular e no prazo combinado é tão importante quanto aprovar o investimento. Fiscalizar os convênios com os parceiros do Município, como a Copasa, os compromissos, preços e prazos assumidos é tão importante quanto anunciar a pré-disposição em analisar e aprovar projetos durante o recesso parlamentar. Será que esta legislatura vai cometer os mesmos erros das legislaturas passadas? A conferir!

Menos Governo, mais cidadão
A Prefeitura de Varginha anunciou a abertura de concurso público para 849 vagas no serviço público municipal. Muitos dos novos contratados vão substituir servidores que aposentaram, outros tantos vão entrar para ampliar serviços diretos à população. Mas também temos vagas abertas para setores onde há pouca utilização de tecnologia e mesmo vagas para serviços “com atividade meio e não fim”. Ou seja, contratações por concurso para áreas burocráticas que não entregam diretamente nenhum benefício à população. Boa parte das vagas abertas são de cargos que, inclusive, já são contratados por meio de empresas terceirizadas em muitas prefeituras pelo Brasil. Sem falar na contratação de funções que já são consideradas obsoletas e poderiam facilmente ser substituídas pela tecnologia, inteligência artificial etc. Mas o que importa para muita gente no governo é inchar a máquina pública e (tentar) garantir a gratidão (e voto) de quem entrou no serviço público, sendo que muitos deles, logo quando passar o estágio probatório, caminham para a perda de eficiência! Esta é uma triste realidade do serviço público brasileiro. Ótimos funcionários são igualados a péssimos burocratas, não há meritocracia nem valorização de quem produz. Funcionários públicos inteligentes e capazes são equiparados, e às vezes até subjugados por servidores incompetentes e bajuladores da chefia. A Prefeitura de Varginha não precisa de mais 849 novos servidores públicos, precisa sim é de mais valorização daqueles que trabalham e metas de desempenho e fiscalização para premiar o bom servidor público e retirar do Serviço Público aqueles que não produzem para a sociedade que paga as contas. Cargos como motorista, bibliotecário, ajudante geral e tantos outros devem ser contratados de forma terceirizada, o que garante mais eficiência no serviço prestado e mais economia na contratação. Os números do funcionalismo mostram que servidores públicos contratados por concurso são mais caros e menos eficientes que os terceirizados. Sem falar que não se sabe de nenhum enxugamento nas centenas de cargos de confiança depois da contratação destes 849 novos servidores do povo! Coitado de todos nós, pagadores de impostos!

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