CPI do INSS avança sobre “núcleo político” após nova operação da PF e promete atingir padrinhos de esquema
gazetadevarginhasi
há 2 horas
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fonte: o tempo
BRASÍLIA – Após uma nova fase da operação da Polícia Federal que apura fraudes no INSS, o presidente da CPMI que investiga o caso, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou nesta quinta-feira (13) que a comissão passará a concentrar esforços no chamado “núcleo político” do esquema. Segundo ele, a etapa atual tem como objetivo identificar os parlamentares e autoridades que indicaram suspeitos para cargos estratégicos no governo.
“Essa CPMI chegou ao ponto médio, em que os operadores e o núcleo dos servidores foram descobertos e presos. Agora, todo e qualquer requerimento esta presidência colocará em votação”, afirmou o senador.
Viana explicou que, nas próximas reuniões, os requerimentos serão votados diretamente pelos membros da CPMI, sem necessidade de acordo prévio entre os líderes — prática que vinha sendo adotada desde a criação da comissão, em agosto. O novo rito busca acelerar a tramitação de convocações e depoimentos.
A mudança ocorre após a Polícia Federal prender o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, durante a operação deflagrada nesta quinta-feira. Também foram alvos de mandados de busca e apreensão o ex-ministro do Trabalho e Previdência José Carlos Oliveira, que integrou o governo Bolsonaro, o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e o deputado estadual Edson Araújo (PSB-MA).
A cúpula da CPMI, composta majoritariamente por parlamentares da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), celebrou o avanço das investigações. Como parte da nova estratégia, a comissão aprovou a convocação do deputado Edson Araújo, suspeito de envolvimento nas fraudes e acusado de ameaçar o vice-presidente da CPMI, Duarte Jr. (PSB-MA).
Com as prisões dos principais operadores, a comissão busca agora rastrear os vínculos políticos que teriam sustentado o esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões.
