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Cursos de medicina com baixo desempenho terão supervisão rigorosa a partir de 2026

  • gazetadevarginhasi
  • há 3 dias
  • 3 min de leitura
Cursos de medicina com baixo desempenho terão supervisão rigorosa a partir de 2026
Foto: Ângelo Miguel/MEC
Cursos de medicina com baixo desempenho serão supervisionados a partir de 2026.

A partir de 2026, cursos de medicina que apresentarem baixo desempenho no Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) estarão sujeitos a supervisão do Ministério da Educação (MEC). O exame será aplicado anualmente aos estudantes do 4º e 6º ano, permitindo acompanhamento contínuo da formação médica e medidas corretivas antes do internato.

O Enamed, que será realizado a partir de 2025 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), tem como objetivo melhorar a qualidade da formação médica no país. Durante coletiva nesta terça-feira (19), em Brasília (DF), o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou medidas de supervisão estratégica para os cursos que tiverem desempenho abaixo do esperado, visitas de avaliação in loco e atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) de medicina. O encontro contou também com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, do presidente do Inep, Manuel Palacios, e do presidente da Ebserh, Arthur Chioro.

“O fato é que vamos fazer uma fiscalização rigorosa dos cursos de medicina neste país, para garantir a qualidade desses cursos”, afirmou Camilo Santana. “Estamos tratando da formação de profissionais que cuidam da vida das pessoas e dos brasileiros. Queremos garantir qualidade e excelência na formação de médicos.”

Padilha destacou a cooperação entre os ministérios da Educação e da Saúde. “Estamos muito animados com as medidas anunciadas pelo MEC. Vamos apoiar no que for preciso para que elas aconteçam”, disse.

O MEC avalia os cursos de medicina com base no desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). O Enamed integra os instrumentos de avaliação do Enade e do Exame Nacional de Residência (Enare), garantindo unificação de critérios e padronização na avaliação da formação médica.

Segundo Santana, os resultados do Enamed, que serão divulgados em dezembro de 2025, servirão de base para ações de regulação, supervisão, financiamento e indução dos cursos. A participação é obrigatória para estudantes do 6º ano e faz parte da grade curricular. “Queremos ser criteriosos com todos os cursos de medicina do país. Desde penalidades cautelares até o fechamento de cursos que não atendam à qualidade esperada, medidas serão tomadas conforme a avaliação”, explicou.

Supervisão e medidas cautelares
Os cursos com desempenho abaixo das faixas 1 e 2 no Enamed 2025 entrarão em supervisão estratégica, conduzida pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres). As instituições poderão ser submetidas a:
  • Impedimento de ampliação de vagas;
  • Suspensão de novos contratos do Fies;
  • Suspensão da participação no Prouni e outros programas federais;
  • Redução de vagas (cursos nota 2);
  • Suspensão do ingresso de novos estudantes (cursos nota 1).

Os resultados do Enamed 2026 poderão agravar ou suspender as medidas cautelares, e visitas in loco poderão ser realizadas em qualquer fase do processo.

Avaliação in loco e DCNs
Em 2026, o Inep realizará visitas a todos os cursos de medicina, avaliando atividades práticas, laboratórios, integração com sistemas de saúde e inserção dos estudantes nos cenários de prática.

As novas Diretrizes Curriculares Nacionais de medicina, aprovadas em 7 de agosto pelo Conselho Nacional de Educação, fortalecem a integração com o Sistema Único de Saúde (SUS), promovem atenção primária desde os primeiros períodos do curso e consolidam políticas de inclusão e diversidade. Também exigem infraestrutura adequada, laboratórios de habilidades e simulação clínica, programas de mentoria, apoio psicossocial e políticas de saúde mental.

Enare
O Enare 2025, exame que avalia candidatos a residência médica, terá única etapa obrigatória, de caráter eliminatório e classificatório, composta por prova objetiva. Instituições públicas e privadas com ou sem fins lucrativos poderão participar, desde que reconhecidas pelo MEC e com vagas autorizadas para bolsas de residência.

Essas medidas consolidam um novo ciclo de formação médica no Brasil, unindo qualidade acadêmica, responsabilidade social e compromisso com o SUS, garantindo melhor formação e segurança para a população.
AgênciaBrasil

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