Desmatamento na Amazônia sobe 4% em 12 meses, aponta Inpe; Cerrado e Pantanal registram queda
gazetadevarginhasi
13 de ago.
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A área sob alertas de desmatamento na Amazônia cresceu 4% entre agosto de 2024 e julho de 2025 em comparação com o período anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No total, foram derrubados 4.495 km² — área equivalente a três vezes a cidade de São Paulo. Apesar da alta, este é o segundo menor índice desde o início da série histórica, em 2016, superado apenas pelo resultado de 2024.
Entre os estados, Rondônia registrou queda de 35% (194 km²) e Pará reduziu 21% (1.325 km²). Em contrapartida, Mato Grosso apresentou aumento expressivo de 74% (1.636 km²) e o Amazonas subiu 3% (814 km²), impulsionados pelas queimadas do segundo semestre de 2024.
No Cerrado, os alertas de desmatamento caíram 21%, totalizando 5.555 km² — ainda acima da devastação da Amazônia. O Pantanal teve a maior redução proporcional, com queda de 72% (319 km²).
O levantamento faz parte do sistema Deter, que serve como indicativo da taxa anual oficial de desmatamento, a ser divulgada até novembro pelo Prodes, também do Inpe, que usa imagens de satélite de alta precisão.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o cenário indica estabilidade na Amazônia, mas reforçou a meta de desmatamento zero até 2030. Nos últimos 12 meses, o governo realizou mais de 9,5 mil ações de fiscalização, resultando em 3,9 mil autos de infração e R$ 2,4 bilhões em multas.
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