Destino de indÃgenas vira novo impasse em lista de imóveis do Propag
gazetadevarginhasi
há 43 minutos
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fonte: itatiaia
A Prefeitura de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, entrou nas discussões envolvendo o Programa de Pleno Pagamento de DÃvidas dos Estados (Propag) para tentar impedir que um terreno da Codemge seja destinado à Fundação Nacional dos Povos IndÃgenas (Funai). O municÃpio afirma não ter condições estruturais para receber famÃlias da etnia Warao e sustenta que a área, situada no Bairro Frimisa, está em tratativas com empresas multinacionais interessadas em instalar unidades industriais.
Na semana anterior, equipes da administração municipal se reuniram com o desembargador Leopoldo Mameluque, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), responsável por temas fundiários. O objetivo foi discutir o futuro da fazenda de mais de 200 hectares pertencente à Codemge, que teria despertado o interesse da Funai para federalização e possÃvel uso na realocação de famÃlias Warao.
Os Warao migraram do Delta do Rio Orinoco, na Venezuela, e se estabeleceram na Grande BH principalmente durante a pandemia. Atualmente, ocupam áreas da Fazenda São João e Desbarrancado e da Fazenda Novo Mundo, em Betim. A possÃvel transferência de cerca de 40 famÃlias integra debates conduzidos pela Comissão de Solução de Conflitos Fundiários (CSCF) e pelo Cejusc Povos e Comunidades Tradicionais do TJMG.
A Fazenda Frimisa está incluÃda no Projeto de Lei 3.733, que reúne imóveis aptos à federalização ou venda como forma de abatimento da dÃvida estadual no âmbito do Propag. O texto tramita na Assembleia Legislativa há quase sete meses e passou por diversas modificações após pressões de prefeituras, servidores e deputados de oposição. Agora, Santa Luzia tenta retirar o terreno da relação antes da votação prevista para a próxima semana. A base do governo trabalha para aprovar o pacote ainda este ano.