Especialistas e Anvisa refutam declaracoes do presidente americano sobre Tylenol e autismo
gazetadevarginhasi
há 10 horas
2 min de leitura
Divulgação
Especialistas criticam declaracoes de Trump sobre autismo e paracetamol.
O presidente americano Donald Trump gerou reacoes negativas na comunidade medica ao afirmar que existiria uma ligacao entre o uso do analgésico Tylenol — conhecido como paracetamol no Brasil — e o autismo. Durante evento acompanhado pelo secretario de Saude, Robert F. Kennedy Jr., Trump disse que medicos seriam em breve orientados a nao recomendar o medicamento para mulheres gravida.
Especialistas questionaram as declaracoes. O Colegio Americano de Ginecologistas e Obstetras considerou o anuncio “preocupante” e sem base em dados confiaveis. A Sociedade Nacional de Autismo do Reino Unido classificou a afirmativa como “perigosa, contra a ciencia e irresponsavel”.
Durante o discurso, Trump mencionou estatisticas sobre o aumento de diagnosticos de autismo nos Estados Unidos nas ultimas duas decadas. Embora o dado de 2022, de que um a cada 31 criancas de oito anos apresenta diagnostico de autismo, seja correto segundo os Centros de Controle e Prevencao de Doencas (CDC), a afirmativa de que o indice era de um a cada 10 mil ha 18 anos nao corresponde aos registros oficiais. A maioria dos especialistas atribui o aumento dos casos principalmente a mudancas nos criterios de diagnostico, maior reconhecimento da condicao e ampliacao do acesso a exames.
Em resposta, a Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria (Anvisa) publicou nota reforcando que o paracetamol e um medicamento de baixo risco, com historico de uso seguro e aprovado para reduzir febre e aliviar dores leves a moderadas, incluindo dor de cabeca, dores no corpo, dores menstruais e dores associadas a resfriados. Segundo a agencia, nao ha registros de eventos adversos que relacionem o uso do paracetamol durante a gravidez ao desenvolvimento de autismo.
A Anvisa tambem destacou que todo medicamento deve ser utilizado com orientacao de profissionais de saude, e que o monitoramento de produtos no Brasil e continuo, incluindo cooperacao com agencias internacionais para garantir a seguranca, qualidade e eficacia dos produtos comercializados.
Comentários