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“Estamos vivendo tempos horrorosos na Assembleia”, diz deputada sobre votação da PEC do Referendo

  • gazetadevarginhasi
  • há 24 horas
  • 2 min de leitura

fonte: o tempo
fonte: o tempo
A deputada Ana Paula Siqueira (Rede) afirmou que Minas Gerais atravessa “tempos horrorosos” na Assembleia Legislativa (ALMG), em referência à tramitação da PEC do Referendo, que retira a obrigatoriedade de plebiscito popular para a privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Em entrevista ao programa Café com Política, no canal de O TEMPO no YouTube, a parlamentar classificou a proposta como a “PEC do cala-boca”.
“É a PEC da exclusão, da retirada da participação dos mineiros e mineiras sobre o destino das nossas empresas. Água não é mercadoria. Nós defendemos a vida, e não existe vida sem água”, afirmou Ana Paula.
Segundo a deputada, a vitória do governo Zema na primeira votação da proposta não reflete uma convicção da base aliada, mas sim uma ação sob pressão. Ela destacou que os deputados da base estão “atuando sob constrangimento”, reforçando que “todo mundo sabe que a água é um bem essencial e tudo aquilo que garante a vida das pessoas tem que ser responsabilidade dos governos”. A primeira votação foi aprovada na madrugada da última sexta-feira (24/10), sendo a primeira do século iniciada após a meia-noite.
Ana Paula Siqueira também mencionou que o Palácio Tiradentes ampliou a base aliada por meio de mudanças internas e negociações políticas, citando “cumprimento de compromissos e liberação de emendas”, embora tenha afirmado não participar dessas tratativas. “Dizem nos corredores que tem muita negociação sendo feita. O Zema está saindo do Estado e quer implementar toda perversidade política possível antes de ir embora. Depois o problema fica para a população”, declarou.
A deputada ressaltou ainda que a oposição trabalha na obstrução da pauta e na mobilização popular, citando a campanha “Água sem Lucro”, que busca coletar assinaturas para exigir o referendo popular sobre a privatização, conforme previsto na Constituição mineira desde 2001, em iniciativa do ex-governador Itamar Franco.
Futuro político
Sobre seu futuro político, Ana Paula Siqueira confirmou que mantém diálogo com o PT e reconheceu que o processo interno da Rede Sustentabilidade enfrenta dificuldades. “Estamos em um momento de reorganização da Rede, e esse processo está sob júdice. Houve atitudes que considero antidemocráticas, e por isso o processo foi judicializado”, explicou.
Apesar disso, a deputada ainda não decidiu sobre eventual mudança de partido, mas elogiou as conversas com outras siglas e afirmou que qualquer decisão será tomada durante a janela partidária. “Estou muito feliz com os convites que recebi. Tenho dialogado com o PT e com outras forças do campo progressista. Espero fazer essa transição de forma tranquila, pensando no fortalecimento do nosso projeto para Minas”, concluiu.

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