Ex-prefeito de Itanhomi é condenado a mais de 25 anos por homicídio e ligação com organização criminosa
gazetadevarginhasi
há 2 dias
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Créditos das imagens: Sergio Mourão
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obteve a condenação de um ex-prefeito de Itanhomi, no Vale do Rio Doce, a 25 anos e três meses de prisão em regime fechado. A sentença se refere ao homicídio qualificado consumado de um homem, à tentativa de homicídio contra outras duas pessoas e à participação em organização criminosa. O réu, atualmente com 82 anos, cumpre prisão preventiva em regime domiciliar devido ao seu estado de saúde.
O crime aconteceu em 2011 e, conforme as investigações, o ex-prefeito integrava uma organização criminosa apelidada de “Família”, composta por fazendeiros, políticos, empresários, policiais militares e civis e agentes penitenciários. O grupo praticava crimes como extorsão, corrupção, concussão e homicídios mediante pagamento. Segundo a acusação, a organização visava estabelecer seu domínio na região, transmitindo a mensagem de que qualquer oposição seria punida com a morte.
Naquele ano, o grupo teria decidido pela execução de um homem suspeito de furto em uma fazenda do então prefeito. Um intermediário da organização contratou executores por R$ 50 mil. No entanto, os criminosos se confundiram e acabaram matando o irmão da vítima pretendida e feriram outras duas pessoas. Na tentativa de fuga, foram presos em um município vizinho.
A investigação teve apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Os executores foram inicialmente julgados em 2013, mas indícios de compra de jurados e intimidação de testemunhas por policiais levaram à anulação do julgamento. Após novo júri, o processo foi desmembrado e outros membros da organização ainda serão levados a julgamento.
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