Famílias se cadastram no IML para reconhecer corpos após megaoperação no Rio
gazetadevarginhasi
29 de out.
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fonte: itatiaia
Após a megaoperação “Contenção”, realizada na terça-feira (28/10) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, familiares começaram nesta quarta-feira (29/10) a se cadastrar no Instituto Médico-Legal (IML) para reconhecer os corpos das vítimas. De acordo com o Governo do Rio de Janeiro, 121 pessoas morreram, incluindo quatro policiais.
Muitos corpos apresentavam sinais de execução, como tiros na testa e decapitação. Durante a madrugada, eles foram concentrados na Praça São Lucas, no Complexo da Penha, antes de serem encaminhados ao IML. Não há previsão para liberação imediata dos corpos, e os familiares aguardam no local enquanto realizam o cadastro.
Um parente que veio de Cabo Frio desabafou: “Eles largaram o corpo lá, pelado. Nem animal se trata assim, não importa o que a pessoa fez. É muito difícil encontrar a pessoa que a gente ama desse jeito”.
Outra familiar, identificada como Carol Malícia, de 24 anos, veio de Arraial do Cabo para reconhecer o pai de sua filha, Vitor, de 1 ano e 3 meses. Ela relatou que estava em contato com ele até terça-feira, quando ele informou estar encurralado e cercado de pessoas feridas, sem saber se conseguiria sobreviver.
O episódio aumenta a preocupação sobre os métodos da ação policial e os impactos humanitários da operação, que já é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro.
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