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Hospital é condenado por falha no diagnóstico que levou à amputação de paciente em Minas

  • gazetadevarginhasi
  • há 18 minutos
  • 2 min de leitura
Hospital é condenado por falha no diagnóstico que levou à amputação de paciente em Minas
Divulgação
TJMG confirma indenização a paciente que teve perna amputada após atraso em hospital privado.

A 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) manteve a condenação de um hospital privado a indenizar um paciente que teve a perna direita amputada após um acidente de moto em Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha.

O acórdão confirmou a indenização fixada em R$ 15 mil por danos morais e R$ 10 mil por danos estéticos, considerando que a falta de diagnóstico adequado de lesão vascular atrasou a intervenção médica, resultando na amputação do membro.

O caso
O paciente sofreu uma grave fratura na tíbia direita em fevereiro de 2009 e recebeu os primeiros socorros em um hospital em Carbonita, sendo transferido para uma unidade em Diamantina, onde aguardou quase 24 horas por cirurgia de urgência.

Diante da suspeita de lesão arterial grave, ele foi transferido para um hospital de referência em Belo Horizonte, onde precisou passar pela amputação da perna.

O homem alegou que a demora no atendimento do hospital privado, conveniado ao SUS, contribuiu diretamente para o resultado e decidiu ajuizar a ação.

Decisão judicial
Em 1ª Instância, o hospital foi condenado, mas recorreu argumentando que todo o atendimento necessário havia sido prestado, incluindo internação, exames e preparação para cirurgia.

O relator do caso, juiz convocado Christian Gomes Lima, manteve a sentença.

Segundo o laudo pericial:
  • O paciente deu entrada no segundo hospital às 20h41, e o ortopedista levantou a possibilidade de lesão neurovascular às 8h28 do dia seguinte;
  • A avaliação para cirurgia vascular só foi solicitada às 14h, e a fasciotomia ocorreu efetivamente às 21h;
  • A demora elevou o risco de amputação de 40% para 60–80%.

O relator concluiu que a falha na prestação dos serviços médico-hospitalares foi a causa preponderante da amputação, pois o diagnóstico da lesão vascular foi realizado tardiamente, apesar dos sinais clínicos e protocolos técnicos que indicavam urgência.
  1. Fonte: TJMG

Gazeta de Varginha

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