top of page
1e9c13_a8a182fe303c43e98ca5270110ea0ff0_mv2.gif

Lei Magnitsky: ‘Punição a mulher de Moraes joga contra interesses da família Bolsonaro’, avalia Thomas Traumann

  • Foto do escritor: Elisa Ribeiro
    Elisa Ribeiro
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura
ree
A mais recente ofensiva do governo Trump contra autoridades brasileiras colocou ainda mais combustível na crise política em Brasília. A aplicação da Lei Magnitsky à esposa do ministro Alexandre de Moraes, a advogada Viviane Barci de Moraes, foi interpretada por analistas como um ataque direto ao Supremo Tribunal Federal.

Para o jornalista Thomas Traumann, a medida pode ter efeitos práticos na tramitação de projetos como a anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro e representa um tiro no pé para a própria direita bolsonarista.

A sanção contra Viviane Moraes foi anunciada pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, que acusou o Instituto Lex de apoiar financeiramente atividades consideradas ilícitas.
Além dela, outros ministros e auxiliares próximos a Moraes tiveram vistos revogados, inclusive o advogado-geral da União, Jorge Messias. O episódio ocorreu às vésperas do discurso do presidente Lula na Assembleia Geral da ONU, aumentando a tensão diplomática entre os dois países.

“Como é que você vai votar a anistia que você precisa eventualmente de uma conversa com o Supremo no momento em que a mulher de um ministro está sendo punida, e possivelmente outros ministros serão punidos daqui a pouco? Não há clima", avalia o comentarista em entrevista ao podcast O Assunto.

"No fundo, joga até contra os interesses da família Bolsonaro que gostaria de tentar algum tipo de acordo. Eu acho que eles podem ter estragado qualquer possibilidade de acordo com essa nova ofensiva do Supremo”, afirmou Traumann.


A avaliação do comentarista ecoa o mal-estar dentro da própria Corte. Ministros que normalmente mantêm interlocução com parlamentares ligados a Jair Bolsonaro se disseram revoltados com a ofensiva norte-americana, interpretando-a como um ataque à independência do Judiciário brasileiro.
Esse ambiente, reforça Traumann, torna inviável qualquer tentativa de negociação sobre redução de penas ou anistia, e ainda abre um precedente perigoso para a extrema direita: fortalece a esquerda nas ruas e, ao mesmo tempo, deixa a ala bolsonarista refém de seus próprios erros.

Gazeta de Varginha

bottom of page