Licitacao das Thermas Antonio Carlos termina sem proposta valida em Pocos de Caldas

fonte: g1

A concessão das Thermas Antônio Carlos, em Poços de Caldas (MG), terminou sem a apresentação de uma proposta considerada válida. Segundo a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), responsável pelo processo, apenas uma interessada participou do certame, mas acabou desabilitada por não atender a requisitos técnicos previstos no edital. A estatal afirma que avaliará os próximos passos para um novo encaminhamento em 2026.

O contrato, estimado em R$ 130,8 milhões ao longo de 30 anos, buscava transferir à iniciativa privada a operação do tradicional complexo termal. Lançado em maio, o edital teve sua abertura inicialmente prevista para julho, mas o prazo foi estendido até setembro para ajustes solicitados pela própria Codemge.

A proposta apresentada por Júlia Perencin Junqueira, proprietária da cafeteria Casa do Colono, que funciona dentro das Thermas, ofereceu outorga fixa de R$ 109.450 — R$ 141,11 acima do mínimo exigido. Apesar disso, a comissão técnica considerou que não houve comprovação de um dos critérios obrigatórios. Após análise de recurso, o pedido foi negado e a licitação declarada fracassada em 25 de novembro.

O contrato previa investimentos mínimos de R$ 7 milhões em reformas e restaurações, sendo a maior parte dos aportes responsabilidade da Codemge. Também incluía o pagamento de outorga variável anual entre 3% e 5% da receita bruta operacional.

Com o encerramento do processo, o governo estadual deve reavaliar as condições da concessão e decidir como conduzir a retomada do projeto a partir de 2026.