Minas Gerais está entre os estados mais afetados pelo “tarifaço” dos EUA, aponta AMM
gazetadevarginhasi
há 15 minutos
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Divulgação AMM
Levantamento aponta Minas entre os estados mais afetados pelo “tarifaço” dos EUA.
Um levantamento realizado pela Associação Mineira de Municípios (AMM) aponta que nove cidades de Minas Gerais — Belo Horizonte, Araxá, Contagem, Guaxupé, Itabirito, Mariana, Ouro Preto, Sete Lagoas e Varginha — estão entre as mais impactadas pelo aumento de tarifas sobre produtos brasileiros anunciado pelo governo dos Estados Unidos. A sobretaxa de 50% incide sobre produtos derivados de aço e alumínio, mas também afeta cadeias de café e mineração, responsáveis por 60% das exportações mineiras para o mercado norte-americano em 2024.
O presidente da AMM e prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão, destaca que Minas figura entre os estados mais atingidos, já que commodities agrícolas e minerais representam a base da pauta exportadora estadual. Segundo a Associação, corroborada pela Fiemg, as perdas estimadas podem atingir R$ 4,7 bilhões do PIB estadual, 30 mil empregos e R$ 510 milhões em renda. Em cidades industriais, como Contagem, o PIB pode cair até 18%.
Entenda o tarifaço
Tarifas de importação são impostos aplicados a produtos estrangeiros com o objetivo de proteger o mercado interno e estimular o consumo de bens nacionais. A sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente Donald Trump, é a mais alta entre as divulgadas recentemente pelos Estados Unidos e atinge setores como café, carne bovina, frutas, pescado e mel.
Alguns produtos foram excluídos, incluindo suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos.
Economistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) projetam que o Brasil pode registrar redução de R$ 19,2 bilhões (-0,16%) no Produto Interno Bruto (PIB) após um ano de aplicação das tarifas, segundo dados atualizados em 11 de julho. Entre os estados mais prejudicados estariam São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais.
O impacto sobre o emprego também é significativo: aproximadamente 110 mil postos de trabalho podem ser perdidos, com os setores de agropecuária (-41.119 vagas), comércio (-31.696 vagas) e indústria (-25.568 vagas) sendo os mais afetados.