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Moradores do Barreiro protestam e pedem liberdade de baleados presos após ataque em churrasco

  • gazetadevarginhasi
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura

fonte: itatiaia
fonte: itatiaia
Moradores do Conjunto Esperança, no Barreiro, se reuniram na manhã desta segunda-feira (8) em um protesto pacífico para pedir a libertação das pessoas que foram baleadas e posteriormente presas após o ataque ocorrido durante um churrasco na quadra da comunidade, no bairro Flávio Marques Lisboa, em Belo Horizonte. O tiroteio, registrado na madrugada da última quinta-feira (4), deixou dois mortos e nove feridos.
Segundo relatos, criminosos encapuzados e vestidos com blusas semelhantes às usadas pela Polícia Civil invadiram o local e começaram a atirar. A Polícia Militar afirma que os baleados têm envolvimento com o crime organizado — possibilidade que moradores e familiares rejeitam com veemência.
Comunidade contesta versão policial
Durante o protesto, moradores relataram que a região é pacífica e defenderam que os feridos seriam trabalhadores sem qualquer relação com facções criminosas.
Cleidimar Guerra da Silva, mãe de Wallace Guerra, de 20 anos — baleado no pé e preso —, afirmou que o filho voltava do trabalho quando foi atingido.“Ele chegou meia-noite do serviço, passou pelo local e aconteceu tudo. Meu sobrinho me avisou que ele levou um tiro no pé. Nenhum deles tem envolvimento, são inocentes. Aqui todo mundo se conhece, é uma praça onde criança brinca”, disse à Itatiaia.
Wellington Oliveira da Silva, de 38 anos, atingido por dois tiros nas pernas, descreveu o pânico no momento dos disparos e criticou a prisão dos feridos.“Muita gente inocente foi baleada. Ninguém pegou os meninos com nada, nem arma, nem roupa de polícia. E nenhum deles tem passagem. Então por que levaram os meninos presos?”, questionou.
Ele também contou que foi algemado dentro do hospital.“Foi um constrangimento enorme. Eu sou trabalhador, não tenho ficha criminal. Ouvi voz de prisão no hospital. Saí na sexta, mas outros dois foram levados para o presídio”, relatou.
Defesa questiona prisão de jovem com autismo
Outro preso, Caíque Marlon Silva de Oliveira, de 25 anos, também foi baleado e, segundo o pai, Nirlando Moreira de Oliveira, é conhecido na comunidade por ter deficiência intelectual.“O Caíque é querido por todos. Ele tem autismo, tem transtornos mentais. Nem sabe o que é arma. Foi atingido no braço e mesmo assim preso. Ele não tem qualquer envolvimento com crime”, afirmou.
A advogada Bruna Viterbo, responsável pela defesa, contesta a conversão da prisão em preventiva.“O laudo comprova a deficiência intelectual dele, mas isso não foi considerado na audiência de custódia. Alegam que ele seria ‘olheiro’, mas ele nunca teve passagem criminal, nem quando adolescente. É uma justificativa que não se sustenta”, afirmou.
Comunidade pede revisão das prisões
Familiares e moradores exigem que as prisões sejam reavaliadas e defendem que os feridos são vítimas de uma ação violenta atribuída ao Comando Vermelho, e não integrantes de facções.
A comunidade segue mobilizada e promete continuar pressionando por esclarecimentos e liberdade para os detidos.

Gazeta de Varginha

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