Movimento MIRE promove inclusão, respeito e empatia em Varginha
- gazetadevarginhasi
- há 44 minutos
- 3 min de leitura
Iniciativa popular, o movimento reúne famílias e voluntários em prol da acessibilidade e da convivência igualitária. Uma das coordenadoras, Sandra Reguim, conversou com o Jornal Gazeta de Varginha para explicar à população o propósito da ação.
Em Varginha, um grupo de familiares, pessoas com deficiência e voluntários tem transformado o conceito de inclusão em realidade. O MIRE, Movimento Inclusão, Respeito e Empatia, nasceu do desejo de criar espaços de convivência, lazer e socialização para pessoas com deficiência, promovendo o respeito e a participação plena na sociedade.
A iniciativa surgiu de uma conversa entre uma avó e uma mãe de adolescentes com deficiência, que perceberam o quanto seus filhos precisavam de oportunidades para viver uma vida social plena, com acesso à cultura, ao esporte, à saúde, à acessibilidade e, principalmente, ao respeito às suas limitações.
Segundo Sandra Reguim, uma das coordenadoras do movimento, o MIRE foi criado para incluir e conscientizar. “Nosso movimento é para todos, com ou sem deficiência. O objetivo é unir pessoas, gerar empatia e promover uma convivência respeitosa. Já existem muitas associações importantes em Varginha, então optamos por ser um movimento aberto, popular e colaborativo. Explica.
O grupo é formado por pessoas com deficiência, familiares e voluntários, e tem como missão principal promover a inclusão de forma plena e respeitosa, mostrando que as limitações não impedem ninguém de participar da vida em sociedade, desde que haja respeito e as adaptações necessárias.
Para Sandra, falar de inclusão é falar de direito à cidadania. “A inclusão acontece quando temos acessibilidade, acesso à tecnologia assistiva, mobilidade, oportunidades no esporte, na cultura, na saúde e no mercado de trabalho. É sobre garantir que todos tenham as mesmas chances de viver com dignidade”, ressalta.
Entre as principais dificuldades enfrentadas hoje pelas pessoas com deficiência em Varginha estão a falta de acessibilidade nas ruas e prédios públicos, o acesso limitado a terapias, especialmente na vida adulta, e os obstáculos para ingressar no mercado de trabalho.
Mesmo sem estrutura formal ou recursos financeiros, o MIRE mantém suas atividades com muito empenho. “Nosso ingrediente principal é o amor”, afirma Sandra. “Cada um ajuda como pode, e contamos com apoiadores que abraçaram nossa causa e se tornaram grandes colaboradores. ”
O movimento já realizou diversas ações marcantes, como a Caminhada Inclusiva, o Encontro com o Vorazes Moto Clube, e uma visita especial ao Batalhão do Corpo de Bombeiros, parceiro constante do grupo. As atividades acontecem mensalmente, sempre com o objetivo de fortalecer vínculos e incentivar a empatia na comunidade.
Ações marcantes com participação da MIRE/Foto: Divulgação
A Prefeitura de Varginha, por meio das secretarias Sehad e Semel, além da ACIV e de diversos comerciantes locais, têm sido importantes parceiras do movimento. No entanto, o transporte acessível ainda é um grande desafio. “O serviço porta a porta atende cadeirantes e pessoas com baixa mobilidade, mas ainda não contempla todas as deficiências. Já o transporte público enfrenta problemas como falta de acessibilidade nas paradas, superlotação e pouca empatia dos usuários”, pontua Sandra.
Para ela, conscientização e acessibilidade são os pilares que farão Varginha avançar na inclusão. “A cidade já deu passos importantes, mas ainda há muito a ser feito. Precisamos enxergar a pessoa com deficiência como cidadã de direitos, com potencial e voz. A inclusão é um dever de todos”, conclui.
Como participar:
O MIRE realiza encontros e atividades mensais em Varginha. Quem quiser conhecer ou apoiar o movimento pode acompanhar as ações pelas redes sociais e se juntar a essa causa que transforma vidas por meio da empatia, do respeito e do amor ao próximo.
Instagram: @movimentomire
Fonte: Cristiane Gomes| Gazeta de Varginha