Número de brasileiros que mudam domicílio fiscal para o exterior cresce pelo terceiro ano seguido

fonte: itatiaia

O número de brasileiros que transferiram o domicílio fiscal para outros países continua em alta pelo terceiro ano consecutivo. De acordo com dados do Ministério da Fazenda, analisados pela Itatiaia, o Brasil registrou 21.176 saídas em 2025 — um crescimento de 0,6% em relação a 2024, quando foram 21.051, e de 3,9% comparado a 2023, com 20.378 registros. Em 2022, o total foi de 15.135, o que representa um salto de quase 40% em três anos.

Entre os estados com mais saídas, Minas Gerais aparece em terceiro lugar no ranking nacional. A principal razão para essa movimentação, segundo especialistas, é a alta carga tributária e o temor de criação de novos impostos sobre patrimônio e renda.

O advogado tributarista e ex-presidente da Câmara de Comércio Americana, Rubens Branco, explica que muitas pessoas físicas estão buscando alternativas para reduzir tributos e proteger o patrimônio. Já entre empresas, o motivo mais comum é a diferença nas alíquotas corporativas. “Empresas que transferem a residência para o Paraguai, por exemplo, a razão principal é a carga tributária. Porque o Brasil tributa a pessoa jurídica em 34%. O Paraguai tributa em 10%”, detalha o especialista.

Na América Latina, Uruguai e Paraguai têm se destacado como destinos preferidos. O Paraguai adota um sistema de tributação territorial, no qual apenas a renda obtida dentro do país é taxada, tornando isenta toda a renda gerada no exterior — um atrativo para empresários e investidores brasileiros.

Entre os que oficializaram a mudança recentemente está o apresentador e empresário Carlos Massa, o “Ratinho”, que anunciou nas redes sociais ter se tornado residente permanente do Paraguai. “Ó gente, graças à doutora Joelma, aqui, eu, a partir de agora, sou cidadão paraguaio também”, declarou o comunicador.