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Opinião com Luiz Fernando Alfredo - 16/05/2025

  • gazetadevarginhasi
  • há 1 dia
  • 3 min de leitura


O poder das palavras
A Bíblia ensina que Deus criou o mundo através do Verbo, ou seja, pela sua palavra (João 1:1-3). Isso destaca o poder e a autoridade que a palavra possui. Da mesma forma, como seres criados à imagem de Deus, nossas palavras têm um impacto significativo na nossa vida e na dos outros.
A reverberação da nossa palavra dita pode ser perigosa porque:
1. Poder de influência: Nossas palavras podem edificar ou destruir, influenciando emoções, relacionamentos e até o ambiente ao nosso redor.
2. Impacto duradouro: Assim como a palavra de Deus criou o universo, nossas palavras podem deixar marcas duradouras, afetando a reputação, a autoestima e o bem-estar das pessoas.
3. Responsabilidade: Somos responsáveis pelo que falamos, pois nossas palavras podem gerar consequências positivas ou negativas, conforme Tiago 3:6-8.
4. Efeito de reverberação: Palavras ditas podem se espalhar, sendo ouvidas por outros e criando uma cadeia de impacto que pode ser difícil de controlar ou apagar.
Portanto, é importante refletir antes de falar, buscando usar a nossa palavra de forma consciente, gentil e edificante, reconhecendo o poder que ela possui e a responsabilidade de usá-la de maneira sábia.
A palavra “retórica” muitas vezes é associada a discursos persuasivos, mas também pode esconder intenções mais sombrias. Na Bíblia, encontramos exemplos de figuras que usaram a retórica para manipular, enganar ou exercer poder de forma maliciosa. Por exemplo, em Judas 1:16, lemos: “São gulosos, arrogantes, faladores de coisas arrogantes, que têm prazer nas contendas e que zombam de tudo o que é santo.” Estes indivíduos podem usar uma retórica eloquente para esconder seus verdadeiros propósitos e manipular as massas.
Outro exemplo está na história de Sansão, cuja força física foi utilizada por Deus para libertar Israel, mas que também usou palavras emocionais para seduzir Dalila, levando à sua queda (Juízes 16). A sua história demonstra como a linguagem persuasiva pode ser usada para enganar.
Na narrativa de Jesus, vemos exemplos de líderes religiosos que usavam palavras retóricas para esconder sua hipocrisia e maldade. Em Mateus 23:27-28, Jesus denuncia: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia.” Aqui, a retórica era usada para mascarar uma condição moral decadente.
Fenómenos que a palavra retórica pode esconder incluem a manipulação política, como no caso de tiranos que usam discursos inflamados para conquistar e manter o poder, mascarando seus verdadeiros intentos. Exemplos históricos incluem regimes totalitários que empregaram propaganda e discursos retóricos para convencer a população de seus ideais, enquanto escondiam suas ações de opressão e violência.
Na atualidade, líderes malvados ou corruptos frequentemente utilizam a retórica para dividir opiniões, criar medo ou justificar ações injustas. A manipulação através de palavras eloquentes é uma ferramenta poderosa para encobrir interesses egoístas e práticas destrutivas.
Portanto, a Bíblia alerta-nos a discernir além das palavras retóricas, buscando a verdade e a justiça. Como diz Efésios 4:14: “Para que já não sejamos mais meninos, agitados de um lado para o outro, e levados por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens que para enganar usam a astúcia, com a mistura de erro.” A compreensão da verdadeira intenção por trás das palavras é essencial para não sermos enganados por fraudes, tiranos ou indivíduos malvados que escondem suas verdadeiras naturezas sob uma retórica sedutora.
“Somos donos das palavras não ditas e escravos das palavras que não conseguimos retê-las”. Ouvimos esta frase sábia de alguém sábio.
Luiz Fernando Alfredo

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