Analisemos a epopeia da Secretária Municipal de Educação de Varginha, Juliana de Paula Mendonça, à frente da pasta desde março de 2022, dúvidas vêm ganhado força. Enquanto muitos a veem como uma gestora fraca, ela está acumulando reconhecimentos, incluindo viagens internacionais e homenagens na Câmara Municipal. A mais recente ocorreu após o município conquistar o primeiro lugar na etapa estadual do Prêmio Sebrae Prefeitura Empreendedora.
Premiações à parte, os indicadores da educação contam uma história diferente. O Ideb de Varginha caiu ao longo dos últimos anos: de 6,7 em 2017 para 5,9 em 2023. Nesse mesmo período, Minas Gerais como um todo conseguiu manter números superiores, sempre acima de 6,1. Em um cenário onde o ideal é aproximar-se do 10, Varginha vem caminhando na direção oposta — e essa queda ocorreu sob a gestão atual.
Mas os números não são o único problema. Nas escolas do município, faltam vidros, portas, infraestrutura mínima. Há torneiras desperdiçando água, pias apoiadas em pedaços de madeira, banheiros sem portas, ambientes mal planejados ou simplesmente abandonados. Algumas escolas recém-inauguradas sequer foram totalmente mobiliadas. Outras, mais antigas, aguardam reformas que nunca aconteceram – dados que ouvimos na própria Câmara.
O contraste fica ainda mais evidente ao se observar a distribuição anual do Fundeb. Em Varginha, o rateio é divulgado como uma valorização do profissional e uma demonstração de eficiência na gestão. No entanto, especialistas apontam que, quando sobra dinheiro de um fundo criado justamente para ser investido integralmente na educação básica, isso pode indicar justamente o oposto: incapacidade de aplicar os recursos onde eles deveriam estar. Se há escolas deterioradas, obras paradas e necessidades óbvias não atendidas, por que sobra Fundeb.
Melhora Brasil! A par do assunto, voltamos a sugerir ao vento brasileiro, o óbvio e fundamental: implantar cursos intensivos de administração pública de formação para candidatos à política, com avaliação de méritos e condicionando as candidaturas a uma boa performance nesses cursos — independentemente de formação escolar, desde que saibam ler. Seria utopia a nossa opinião?
Já trabalhamos com a Juliana, sabemos que têm muitos méritos, afinal ela se sacrifica para estar perto do centro de poder, muito devotada as causas que atua, mas nessas circunstâncias não teve habilidade diplomática dela, ao deixar de dividir ganhos oportunamente - antes do prêmio.
Esperamos que no governo de Ciacci as coisas possam mudar, afinal, Juliana é um dos melhores legados do ex-Prefeito Verdi.
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