top of page
1e9c13_a8a182fe303c43e98ca5270110ea0ff0_mv2.gif

Opinião com Luiz Fernando Alfredo - 16/12/2025

  • gazetadevarginhasi
  • hĆ” 5 minutos
  • 3 min de leitura
Reprodução
Reprodução
O mundo segue recitando seus credos humanitĆ”rios com solenidade quase religiosa. Governos, organismos multilaterais e ONGs ocupam tribunas com discursos impecĆ”veis — mas o verniz escorre na primeira exigĆŖncia de coragem real. Nenhum palco revela esse cinismo com tanta nitidez quanto os regimes autoritĆ”rios sustentados pela indiferenƧa global.
Cuba, o epicentro da estagnação, permanece como símbolo dessa contradição: um país exaurido, sem liberdades, tratado como relíquia ideológica. Todos criticam, ninguém age. A miséria virou cenÔrio; a opressão, folclore. A Venezuela repete o drama: colapso econÓmico, democracia destruída, êxodo massivo. A resposta internacional? Notas mornas e reuniões vazias.
Na África, autocratas agarrados ao poder hÔ décadas continuam intocados sob uma redoma de silêncio seletivo. A Coreia do Norte é o laboratório extremo da tirania: fome estrutural convertida em peça de negociação geopolítica.
E, no centro desse tabuleiro, ergue-se um ator que domina como poucos a arte da opacidade: a RepĆŗblica Popular da China. O paĆ­s cresceu amparado numa combinação calculada de disciplina autoritĆ”ria, controle social profundo e uma nĆ©voa estratĆ©gica que o mundo aceitou sem pestanejar. A China e a RĆŗssia, se locupletam atrĆ”s dessa ā€œfumaƧa incógnitaā€: participa seletivamente do sistema que critica, alimenta regimes que o Ocidente finge nĆ£o ver, penetra economias inteiras enquanto mantĆ©m inacessĆ­veis seus próprios bastidores. PotĆŖncias que exigem transparĆŖncia dos outros e oferece mistĆ©rio de delas próprias — e que, por pura conveniĆŖncia global, quase ninguĆ©m cobra.
Nesse cenĆ”rio, apenas os Estados Unidos ainda se dispƵem a agir — com todas as suas falhas, contradiƧƵes e interesses. Seus soldados, jovens comuns, arriscam a vida em missƵes que talvez nem compreendam integralmente. HĆ” um custo humano real que o mundo aproveita e simultaneamente despreza. Por mais desconfortĆ”vel que seja admitir, os EUA funcionam como o Ćŗltimo freio e contrapeso diante do colapso moral global.
E é aqui que surge a pergunta que os demais países evitam como quem evita um espelho: onde estão eles? Onde estÔ a Europa altissonante, mas paralisada? Onde estão as democracias prósperas, sempre prontas a condenar, jamais prontas a agir? Onde estão os emergentes que discursam sobre soberania, mas terceirizam responsabilidade?
O escĆ¢ndalo nĆ£o Ć© só a brutalidade dos regimes autoritĆ”rios — Ć© a arquitetura global que vive abusando da coragem alheia, escondida atrĆ”s da retórica, da conveniĆŖncia e, cada vez mais, da sombra projetada pela China. Num mundo que terceiriza heroĆ­smo, a liberdade se torna a moeda mais barata — e a mais facilmente de descartar.
Trump fugiu da raia ao ao retirar a sansĆ£o da Lei Magnitski sobre Alexandre de Moraes e sua esposa? NĆ£o! Nosso povo Ć© que nĆ£o entrou na raia de fato, mesmo tendo empurrado com gritos de patriotismo, o Congresso, os Oficiais Generais das ForƧas Armadas, o centrĆ£o da podridĆ£o que protege o sistema elitizado, a corrupção, a desinformação da imprensa que manipula Ć queles que ainda votam no PT, mesmo com seu lĆ­der carregando todos os "adjetivos ignóbeis", como, vil, desprezĆ­vel, abjeto, baixo, sórdido, infame, indigno, torpe, mesquinho, vergonhoso e mentiroso, os quais descrevem Lula cujo carĆ”ter causa repulsa e desprezo – e ainda, nĆ£o perde a oportunidade de falar, com a maior naturalidade, sobre problemas brasileiros crĆ“nicos, mesmo tendo governando o Brasil por 20 anos nos Ćŗltimos 23 anos, incluindo o vampirĆ£o Temer, que era vice de Dilma. Ɖ o cĆŗmulo do cinismo! Só nos resta o poder do voto nas próximas eleiƧƵes. Fora Lula!

Gazeta de Varginha

bottom of page