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Opinião com Luiz Fernando Alfredo - 22/11/2025

  • gazetadevarginhasi
  • hĆ” 8 minutos
  • 2 min de leitura
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Por Luiz Fernando Alfredo


O espelho trincado de um poder corrupto


HÔ algo de profundamente revelador no contraste entre o mundo político de décadas atrÔs e a arena digital hiper exposta de hoje. Num país onde tudo se registra em tempo real, a tentativa do presidente Lula de se projetar como líder global soa como uma lembrança persistente de um passado em que controlar a narrativa ainda era possível. Hoje, não é. O desgaste político interno, a fragmentação das bases e a crescente desconfiança social desmontam qualquer pretensão de protagonismo internacional.
Enquanto o governo se esforƧa para manter influĆŖncia no exterior, a realidade domĆ©stica se impƵe: o Brasil de 2025 Ć© mais polarizado, mais informado — e ao mesmo tempo mais desorientado por ruĆ­dos — do que nunca. Nesse cenĆ”rio, a insistĆŖncia de Lula em se apresentar como figura indispensĆ”vel revela mais apego ao mito do que leitura fria dos fatos.
O complemento a esse fenĆ“meno Ć© ainda mais intrigante: a capacidade do discurso presidencial de encontrar eco em parcelas da população que, muitas vezes, enfrentam na própria pele contradiƧƵes que o governo nĆ£o resolve. Ɖ um paradoxo brasileiro — sentir o peso das dificuldades, mas ainda assim depositar esperanƧa em narrativas que nĆ£o correspondem ao dia a dia. Falta de informação, excesso de propaganda, memória seletiva ou simples resistĆŖncia em admitir que um ciclo histórico chegou ao fim? Talvez um pouco de tudo.
O fato Ć© que Lula, aos 80 anos, tenta prolongar uma era que jĆ” se encerrou politicamente. E o paĆ­s sente isso. A ideia de sucessĆ£o dentro de seu campo tambĆ©m se esfarela — nĆ£o hĆ” herdeiro natural, nĆ£o hĆ” novo lĆ­der com apelo comparĆ”vel, nĆ£o hĆ” continuidade orgĆ¢nica. O Lulismo tornou-se uma fĆ”bula repetida com cada vez menos convicção.
Ɖ duro admitir, mas necessĆ”rio: na arena pĆŗblica, ciclos se esgotam. E quando alguĆ©m nĆ£o se enxerga mais no espelho, como parece ser o caso, acaba preso a uma imagem que jĆ” nĆ£o existe. Lula acabou politicamente — nĆ£o por desejo de crĆ­ticos, mas por forƧa do próprio tempo.
Escrevemos para vĆ”rios jornais e um Blog, de Varginha e outras cidades, hĆ” dezenas de anos, descontando-se perĆ­odos intercalados os quais, nós desistimos, por falta de tempo, contudo, hoje estamos deixando alguns petistas desesperados, retrucando nas mĆ­dias sociais, atĆ© com frases desrespeitosas e palavras de baixo calĆ£o. Sabemos que sĆ£o os Ć“nus de opiniƵes pĆŗblicas corajosas, portanto, jĆ” vai mais um texto para vocĆŖs clariarem seus neurĆ“nios para facilitar as sinapses e quem sabe entenderem esse Ć­dolo de barro, criado pela imprensa ā€œmaistreamā€.
NĆ£o estamos preocupados com Bolsonaro, que conseguiu sedimentar o conservadorismo no Brasil sozinho e cercados de traĆ­ras do ā€œcentrĆ£oā€ – achamos atĆ© que ele nĆ£o deveria ser candidato devido sua atuação pouco diplomĆ”tica, com que peitou o sistema e ficou marcado com sinal infamante difĆ­cil de apagar; estamos tentando desconstruir mais o desgoverno de Lula e tomara que possamos exporta-lo junto com Janja para China, Cuba, RĆŗssia, CorĆ©ia do Norte ou Iran, com uma grande rolha na boca e seus sĆ©quitos desinformados ou ā€œcegosā€, anistia-los pelos crimes que supostamente cometeram – só os sĆ©quitos mais Ć­ntimos - os partĆ­cipes do quadrilhĆ£o, terĆ£o que pagar por tudo. Seria a purificação da democracia!
Au revoir jumentismo!



Gazeta de Varginha

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