Outubro CiberSeguro: Anatel e Polícia Civil orientam pais sobre riscos digitais a crianças
gazetadevarginhasi
21 de out.
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Divulgação Delegada fala dos riscos do ambiente digital
Campanha Outubro CiberSeguro: Anatel e Polícia Civil alertam sobre riscos digitais a crianças e adolescentes.
Como parte da campanha Outubro CiberSeguro, a superintendente de Controle de Obrigações (SCO) da Anatel, Suzana Silva Rodrigues, conversou com a delegada Ellen Victer, da Polícia Civil do Paraná, sobre os desafios da segurança digital e a proteção de crianças e adolescentes na internet.
Com ampla experiência na investigação de crimes cibernéticos e na atuação junto à rede de proteção à infância e adolescência, a delegada destacou a importância da participação de famílias, escolas e autoridades na prevenção de riscos online.
Entre os temas abordados, estiveram o aliciamento de menores em jogos e redes sociais, os sinais de alerta que pais e responsáveis devem observar, e os avanços da legislação brasileira no combate ao cyberbullying e à exposição indevida de crianças e adolescentes.
Um dos destaques da conversa foi o uso de emojis com significados ocultos, usados por agressores para se comunicar com vítimas. Segundo a delegada, símbolos aparentemente inofensivos, como 🍜 (referindo-se a “nudes”) e 🌽 (associado à pornografia), têm sido empregados para envio de conteúdos impróprios. Ela reforçou que o diálogo constante com os jovens é essencial.
A delegada também explicou os principais desafios na proteção digital: a velocidade das mudanças tecnológicas, a ocorrência de crimes em plataformas estrangeiras e a necessidade de conscientização dos pais sobre os riscos na internet.
Crimes cibernéticos envolvendo menores, como aliciamento, divulgação de imagens íntimas e cyberbullying, têm se tornado mais sofisticados, com uso de perfís falsos, softwares de anonimização e redes privadas. Para combatê-los, as polícias têm investido em capacitação, tecnologia e parcerias com empresas do setor digital, além de campanhas educativas.
Os sinais de alerta para os pais incluem mudanças de comportamento, isolamento, ansiedade, agressividade ou perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas. A delegada reforçou que a construção de confiança e o diálogo aberto são mais importantes do que tentar decifrar todos os códigos e gírias usados pelos jovens.
A legislação brasileira tem avançado com a Lei nº 15.211/2025, que aprimora mecanismos de investigação e punição de crimes digitais contra crianças e adolescentes, e atualizações no Estatuto da Criança e do Adolescente, fortalecendo a proteção das vítimas e a responsabilização dos agressores.
Segundo Ellen Victer, a tecnologia pode ser aliada no aprendizado e na convivência, desde que usada com equilíbrio, responsabilidade e respeito, com atuação conjunta entre família, escola e órgãos de proteção para garantir um ambiente digital mais seguro.
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