PCMG bloqueia R$ 20 milhões em bens de empresários investigados por fraude
gazetadevarginhasi
há 3 dias
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Divulgação
PCMG prende empresários suspeitos de fraudes milionárias em Frutal.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (26/11), a operação Mérito Reverso, que resultou na prisão preventiva de dois empresários, de 42 e 63 anos, suspeitos de comandar um esquema de fraudes financeiras em Frutal, no Triângulo Mineiro.
Durante a ação, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em dois estabelecimentos ligados ao grupo, de onde veículos foram recolhidos por determinação judicial. Ao todo, 13 ordens de busca foram executadas em Frutal e Planura, incluindo empresas consideradas de fachada. A Justiça autorizou ainda a quebra de sigilos bancário e fiscal de dez pessoas físicas e jurídicas apontadas como envolvidas.
Apreensões
No curso da operação, a PCMG apreendeu três armas de fogo ilegais, munições, celulares, notebooks e documentos considerados essenciais para o avanço das investigações.
O delegado João Carlos Garcia Pietro Junior informou que as medidas judiciais incluem ainda o sequestro de valores, a apreensão de veículos e o bloqueio de 13 imóveis, pertencentes aos investigados, avaliados em aproximadamente R$ 20 milhões.
Como funcionava o esquema
De acordo com a investigação, os suspeitos teriam cometido, em 2023, nove golpes de estelionato contra vítimas de Frutal e Fronteira, além de uma fraude envolvendo créditos bancários, que juntos somam prejuízo superior a R$ 1,7 milhão.
Após os golpes, o grupo teria promovido a baixa irregular de seis hipotecas relacionadas a operações de crédito, supostamente quitadas com recursos provenientes das fraudes. Em seguida, venderam 13 imóveis a terceiros em transações consideradas suspeitas, com o objetivo de ocultar patrimônio e frustrar a atuação de credores.
A PCMG identificou também o uso de laranjas para movimentação e venda de bens, o que reforça indícios de lavagem de dinheiro e crimes falimentares.
Os investigados podem responder por associação criminosa, estelionato, fraude na alienação ou oneração de coisa própria, fraude à execução, fraude contra credores, indução do juiz a erro e lavagem de dinheiro.
Por que “Mérito Reverso”?
O nome da operação faz referência à reputação comercial dos empresários, que utilizavam a credibilidade no mercado para aplicar golpes e ocultar bens — uma espécie de inversão do significado de confiança e idoneidade.
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