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Pesquisa da Epamig inova e amplia horizontes da vitivinicultura mineira

  • gazetadevarginhasi
  • há 1 dia
  • 2 min de leitura
Pesquisa da Epamig inova e amplia horizontes da vitivinicultura mineira
Divulgação
Novos vinhos da Epamig exploram o potencial de madeiras brasileiras.

Novos caminhos estão sendo traçados na vitivinicultura mineira, e produtores e apreciadores de vinho já podem conhecer rótulos inéditos lançados pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). A instituição apresentou as edições especiais “Madeiras Brasileiras” e “Maceração Carbônica”, em comemoração aos 90 anos do Campo Experimental de Viticultura e Enologia, localizado em Caldas, no Sudoeste de Minas Gerais.

As pesquisas exploram técnicas inovadoras de elaboração, com foco no amadurecimento dos vinhos em diferentes recipientes e em processos que resultam em novos estilos de produto. A proposta é ampliar o portfólio dos produtores, oferecendo alternativas com identidade brasileira e maior diversidade de mercado.

“Queremos demonstrar a identidade dos vinhos brasileiros do início ao fim do processo, desde o campo, no vinhedo, contemplando todas as características de cada região e seu terroir específico, até a taça”, explica a enóloga da Epamig, Cristiane Rota. Segundo ela, as novas técnicas também dialogam com um novo perfil de consumidor, além de favorecer o produtor com menor tempo de permanência do vinho na cantina, resultando em melhor custo-benefício.

Um brinde às madeiras brasileiras
Reconhecida pela validação da técnica da dupla poda da videira, que viabilizou a produção de vinhos finos no Sudeste brasileiro, a Epamig agora avança no uso de madeiras nativas no envelhecimento da bebida. Nesta edição especial, foram utilizadas Amburana, Jequitibá-rosa e Castanheira.

“Optamos por inovar ao utilizar madeiras já presentes em nosso terroir, demonstrando como elas podem realçar características importantes dos vinhos e reafirmar o papel da pesquisa para a vitivinicultura mineira”, destaca Cristiane Rota.
O Syrah “Madeiras Brasileiras” foi elaborado com uvas de colheita de inverno de São Sebastião do Paraíso, também no Sudoeste de Minas. Cada madeira imprime características distintas ao vinho: o Jequitibá-rosa confere elegância e equilíbrio, com aromas delicados e preservação da fruta, enquanto a Amburana intensifica aromas e sabores, ressaltando a complexidade da variedade Syrah.

As pesquisas com madeiras brasileiras tiveram início na safra de 2021, com apoio da Fapemig, e seguem em andamento para definir o tempo ideal de contato do vinho com cada tipo de madeira. “As madeiras brasileiras já autorizadas para outros usos, como na cachaça, ganham agora novas possibilidades. Também há estudos em curso para aprovação de outras madeiras nativas”, explica a pesquisadora Renata Vieira, coordenadora do Programa Estadual de Pesquisas em Vitivinicultura da Epamig.

Rótulo inovador
Outra novidade é o lançamento do “Cuor”, um Syrah de colheita de inverno elaborado pela técnica de maceração carbônica, que resulta em um vinho com perfil diferenciado.

“Utilizamos cachos inteiros da variedade Syrah em tanques de inox com adição de gás carbônico, onde permanecem de 25 a 30 dias. A fermentação ocorre no interior da baga, formando compostos aromáticos que exaltam a fruta, o frescor e a leveza”, detalha Cristiane Rota.

A técnica confere características distintas do Syrah tradicional. Também integram as edições especiais o Syrah “Unoaked”, que não passa por madeira, preservando a pureza da uva e do terroir, e o Syrah “Carvalho Francês”, amadurecido em barricas clássicas francesas ou americanas.

Os novos rótulos têm produção limitada e estão disponíveis para compra diretamente no Campo Experimental da Epamig, em Caldas.
Fonte: AgMinas

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