PF prende dois e mira dirigente do Podemos em operação sobre desvio de emendas parlamentares
gazetadevarginhasi
há 23 horas
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fonte: o tempo
BRASÍLIA – A oitava fase da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (31/10), resultou na prisão de duas pessoas e na realização de buscas em endereços do secretário nacional do Podemos, Luiz França. A ação investiga uma organização criminosa suspeita de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro, envolvendo emendas parlamentares no Tocantins.
Os presos são Danilo Pinto da Silva e Éder Martins Fernandes, ex-secretário de Educação do Tocantins, detidos sob suspeita de obstrução às investigações, após monitorarem a sede da PF em Palmas e diligências dos agentes federais. Outros alvos de buscas incluem Claudinei Aparecido Quaresemin, ex-secretário extraordinário de parcerias e investimentos do Tocantins, e Itallo Moreira de Almeida, ex-diretor da Secretaria de Educação de Goiânia (GO).
Agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e sequestraram valores obtidos de forma ilícita em Brasília (DF), São Paulo (SP), Palmas (TO) e Gurupi (TO), com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal.
Segundo a PF, os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro.
A defesa de Luiz França nega irregularidades e afirmou que ele sempre pautou sua conduta na ética e no decoro profissional, mantendo-se à disposição das autoridades. O Podemos destacou que o partido não tem relação com a Overclean e apoia as investigações, esclarecendo que os fatos em apuração ocorreram antes da incorporação do PHS pelo Podemos e se referem à atuação profissional de França como advogado.
Itallo de Almeida, alvo também na primeira fase da Overclean em dezembro de 2024, teria recebido R$ 172,5 mil para favorecer contratações de empresas ligadas aos investigados. A primeira fase da operação resultou na prisão de 16 pessoas em Bahia, São Paulo e Goiás, após identificação de fraudes em contratos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), movimentando mais de R$ 1,4 bilhão com empresas de fachada para simular concorrência.
Ao longo das fases seguintes, a Overclean cumpriu mandados contra alvos com foro privilegiado, apreendendo documentos, dinheiro, itens de luxo, celulares e computadores, que têm levado a novas suspeitas.
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