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Policial penal que matou menina de 10 anos será ouvido em audiência; “um covarde”, diz pai da vítima

  • gazetadevarginhasi
  • 35min
  • 2 min de leitura

fonte: o tempo
fonte: o tempo
O policial penal Marcio da Silveira Coelho, 34 anos, que confessou ter atirado várias vezes contra o carro onde estava a menina Lavínia Freitas de Oliveira e Souza, de 10 anos, será ouvido em audiência no Fórum de Piranga, na Zona da Mata. A vítima morreu após quase um mês internada na Santa Casa de Juiz de Fora. Segundo o depoimento do réu, os disparos foram efetuados após ele alegar ter sido “fechado” pelo motorista — o pai da criança — na estrada rural do bairro 20 Alqueires, em Porto Firme.
As audiências de instrução e julgamento estão marcadas para os dias 2 e 3 de dezembro, às 14h, e ocorrerão por videoconferência. Serão ouvidas 14 testemunhas, além do interrogatório do acusado. Ao final dessa fase, será decidido se o policial será levado a júri popular.
Lotado no sistema prisional de Ponte Nova, Marcio Coelho responde por homicídio qualificado — três qualificadoras — e por homicídio tentado, também com três qualificadoras: motivo fútil, emprego de meio que gerou perigo comum e recurso que dificultou a defesa das vítimas. Ele foi preso em flagrante no dia 15 de junho e permanece detido.
“É uma pessoa covarde”, diz pai da vítimaMarcelo de Oliveira e Souza, pai de Lavínia, espera que o réu permaneça preso. “Que ele fique preso por muito tempo, porque realmente é uma pessoa covarde. É uma ameaça para a sociedade”, afirmou. Ele ressaltou que a filha faz muita falta e que luta por justiça. “Lavínia era uma menina maravilhosa, tinha notas boas na escola. A falta dela é um vazio que não tem como preencher.”
O advogado Werner Geraldo Carneiro Alvim, assistente de acusação, afirmou que o ato foi “extremamente violento e desproporcional”, envolvendo a morte de uma criança e a tentativa de homicídio contra o pai dela. Ele destacou que o cargo exercido pelo réu também será analisado no julgamento.
Como ocorreu o crimeO caso aconteceu em 15 de junho, em Porto Firme. Imagens de câmeras de vigilância registraram o carro onde estavam Lavínia e o pai trafegando por uma estrada rural. Segundos depois, são ouvidos vários disparos.
O pai relatou à Polícia Militar que percebeu um veículo em alta velocidade atrás do seu. Ao diminuir a marcha, foi ultrapassado pelo carro do suspeito, que parou à frente do dele e desceu armado. Temendo um assalto, o pai acelerou — momento em que os tiros foram disparados. Apenas depois percebeu que a filha havia sido atingida na cabeça.
Lavínia foi levada às pressas ao hospital, mas morreu quase um mês após o ataque. O policial penal, ao prestar depoimento na Polícia Civil de Viçosa, alegou que se sentiu ameaçado por uma suposta “fechada” no trânsito. Ele disse não saber que havia acertado a criança. A arma utilizada no crime foi apreendida.

Gazeta de Varginha

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