Polícia Civil descobre fábrica clandestina e apreende 8 mil litros de cachaça em Juiz de Fora
gazetadevarginhasi
há 2 horas
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Divulgação
Polícia Civil apreende cerca de 8 mil litros de cachaça produzida de forma clandestina em Juiz de Fora.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta terça-feira (21/10), a operação “Dose Clandestina”, que resultou na prisão em flagrante de um homem de 50 anos suspeito de produzir e armazenar cachaça de forma irregular em Juiz de Fora, na Zona da Mata. A ação contou com o apoio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), da Vigilância Sanitária e do Procon Municipal.
Durante a operação, os agentes localizaram o imóvel usado como depósito no bairro Bom Sucesso. O local foi interditado pela fiscalização municipal, que assumiu o descarte das bebidas e materiais apreendidos. Estima-se que o espaço abrigava entre 7 mil e 8 mil litros de cachaça prontos para comercialização.
Denúncia e risco à saúde
As investigações começaram após denúncias sobre um suposto depósito irregular de bebidas alcoólicas. No local, os policiais encontraram condições totalmente inadequadas de produção e armazenamento. A cachaça era mantida em recipientes plásticos comuns, muitos sem vedação adequada e até em galões usados para transporte de combustível.
Segundo a PCMG, os responsáveis adicionavam fragmentos de madeira e frutas para alterar a cor e o sabor da bebida, simulando um falso envelhecimento. Esse processo pode gerar compostos tóxicos, como metanol e taninos não controlados, tornando o consumo potencialmente letal à saúde humana. Além disso, as embalagens não apresentavam rótulo, data de fabricação, validade ou identificação de origem, impossibilitando qualquer tipo de rastreabilidade.
Crime contra o consumidor
A delegada Bianca Mondaini ressaltou a gravidade da prática.
“A produção e o armazenamento de bebidas em condições irregulares colocam em risco direto a vida das pessoas. Nosso trabalho é garantir que esses produtos ilegais não cheguem ao consumidor e que os responsáveis sejam responsabilizados”, afirmou.
O suspeito não possuía registro empresarial, alvará de funcionamento nem licenças sanitárias. Ele foi autuado em flagrante por crime contra as relações de consumo e encaminhado ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.
A ação foi conduzida pelas equipes da 5ª e 6ª Delegacias de Polícia Civil de Juiz de Fora.