Polícia Federal amplia uso de DNA e inclui Brasil como destaque em banco global da Interpol para identificar desaparecidos
gazetadevarginhasi
5 de ago.
2 min de leitura
Divulgação
Brasil amplia uso de perfis genéticos na busca por desaparecidos e lidera ações no banco global da Interpol.
O Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), coordenado pela Polícia Federal, participa ativamente da nova edição da Campanha Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas, lançada nesta segunda-feira (5/8) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A ação busca incentivar a coleta de material genético de familiares, que passa a integrar os bancos de dados estaduais e o banco nacional, contribuindo para identificar pessoas desaparecidas em todo o país — e até mesmo no exterior.
A partir das amostras de DNA de familiares, os laboratórios especializados produzem perfis genéticos que são comparados com os de pessoas com identidade desconhecida, incluindo pacientes internados em instituições de saúde ou assistência social, além de restos mortais não identificados.
Desde a abertura da seção voltada a desaparecidos no BNPG, em 7 de maio de 2019, já foram identificados 44 vínculos genéticos. Só na campanha realizada no ano passado, foram confirmadas 13 identificações — sete delas com base no DNA de um único parente e seis a partir de amostras de múltiplos familiares. Os resultados também incluem identificações feitas localmente, cujos dados são centralizados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Em âmbito internacional, o Brasil vem se destacando na plataforma i-Familia da Interpol, que permite a busca global por desaparecidos por meio da comparação de perfis genéticos. Com apoio dos escritórios da Interpol no país, a Polícia Federal coletou, até maio deste ano, DNA de 61 familiares de 87 pessoas brasileiras desaparecidas incluídas na Difusão Amarela — lista internacional da Interpol destinada à busca de pessoas que podem estar fora de seus países de origem.
O Brasil também colabora com a Interpol disponibilizando 11.174 perfis genéticos de restos mortais não identificados encontrados em território nacional, ampliando as chances de famílias estrangeiras localizarem entes queridos desaparecidos no país. O esforço conjunto posiciona o Brasil como uma liderança na utilização de DNA para a localização de desaparecidos no cenário internacional.
A campanha segue em andamento com ações nacionais de mobilização, coleta e conscientização.Acesse mais informações pelos links:
Comentários