Proalminas fortalece a cadeia produtiva do algodão em Minas Gerais
gazetadevarginhasi
há 2 horas
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Crédito das fotos: Seapa / Divulgação
Mais de 30 indústrias têxteis parceiras do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas) receberam, nesta quinta-feira (6/11), certificados do Governo de Minas em reconhecimento à contribuição para o fortalecimento da cotonicultura no estado. O evento, promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), também contou com o 3º Painel da Cadeia Têxtil, que debateu tendências e oportunidades para o algodão mineiro.
De acordo com dados do Governo de Minas e da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), a produção estadual de algodão cresceu 57% nos últimos anos, passando de 92,6 mil toneladas em 2018 para 145,3 mil toneladas previstas para a safra de 2025. A área plantada também aumentou, alcançando 33 mil hectares, com produtividade média estimada de 4,38 toneladas por hectare.
O Proalminas, criado em parceria entre o Governo de Minas e a Amipa, tem sido uma ferramenta essencial para impulsionar o setor. O programa concede benefícios fiscais às indústrias que utilizam algodão mineiro, reduzindo a carga tributária e estimulando a compra do produto local. Para os produtores rurais, as ações promovem geração de renda, acesso à tecnologia, capacitação e melhor escoamento da produção.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, ressaltou o impacto positivo das políticas públicas implementadas.“Desde 2003, o Proalminas vem alavancando a produção do algodão e a indústria têxtil no estado. Os recursos repassados para o Proalminas/Fundo Algominas têm viabilizado o aumento da produtividade e da qualidade da fibra. E isso cria um círculo virtuoso, que garante ao produtor mercado e preço acima da média e matéria-prima de qualidade superior para as indústrias que participam do programa”, destacou.
Durante o Painel da Cadeia Têxtil, produtores, representantes da indústria e especialistas discutiram temas como os impactos da reforma tributária, o mercado internacional e as novas tendências do setor. O coordenador sênior da Better Cotton Initiative (BCI), João Rocha, destacou a evolução da qualidade do algodão mineiro desde a criação do programa.“É uma política pública eficaz, que trouxe ganhos significativos nos parâmetros de qualidade exigidos pela indústria, como a resistência e o comprimento da fibra. Além disso, houve redução na proporção de amostras fora do padrão, que caíram de 12% na safra 2010/2011 para apenas 0,4% em 2018/2019”, afirmou.
Outros temas abordados incluíram os efeitos da reforma tributária sobre o setor têxtil, apresentados pela secretária-adjunta da Secretaria de Fazenda do Estado (SEF), Rita Bacchieri, e pela gerente tributária da Fiemg. Já o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Dawid Wajs, analisou as mudanças nas relações comerciais com os Estados Unidos e seus impactos nas exportações brasileiras.
O diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Márcio Portocarero, também participou do evento, destacando a atuação do movimento Sou de Algodão, criado em 2016 durante o São Paulo Fashion Week, para valorizar o uso da fibra natural e nacional na moda brasileira.
Fontes: Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) / Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa)Assessoria de Comunicação da SeapaJornalista responsável: Márcia FrançaEdição: Maria Teresa Leal